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Ministro do STJ nega ação contra Roseana por suposta obra irregular
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do Superior Tribunal de Justiça Francisco Falcão negou recurso que permitiria a reabertura de uma ação popular em
que a governadora Roseana Sarney (PFL-MA) é acusada de pagamento irregular de R$ 33 milhões
a empreiteiras por execução de
uma obra "semifantasma".
A ação popular foi movida pelo
deputado estadual Aderson de
Carvalho Lago Filho (PSDB), em
razão da liberação da verba a duas
empreiteiras -EIT e Planor-
por obra em uma estrada de terra
de 128 km, concluída nas gestões
de seus antecessores.
Reportagem da Folha em 9 de
setembro revelou que Roseana
pagou R$ 33 milhões por essa
obra inacabada.
A governadora disse que autorizou o pagamento porque o seu
objetivo ao assumir o cargo era
sanear as contas do Estado.
Trechos
Trata-se de uma estrada entre os
municípios Paulo Ramos e Arame que tem trechos implantados.
Houve serviços de terraplanagem
e revestimento primário, mas falta canalização nas encostas e não
há revestimento nos aterros, que
já estão parcialmente destruídos
pela erosão.
A ação popular foi proposta em
1999. Lago disse que a obra era
inexistente e que, por isso, a autorização do pagamento às duas
empresas deveria ser anulada.
A 3ª Vara da Fazenda Pública do
Maranhão negou o pedido do deputado, dizendo que não havia
provas da nulidade do contrato
entre o Estado e as empreiteiras.
O autor da ação apelou ao Tribunal de Justiça do Maranhão e finalmente ao STJ. Relator do recurso, o ministro Francisco Falcão rejeitou o pedido por uma razão técnica: considerou que a reabertura do caso implicaria reexame de provas, o que não é admissível nessa fase do processo.
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