São Paulo, quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

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MEMÓRIA

Antes, plenário seguia decisão do Conselho de Ética

DA REDAÇÃO

O julgamento que absolveu Romeu Queiroz (PTB-MG) ontem é o primeiro, no escândalo do "mensalão", em que o plenário da Câmara não segue a recomendação do Conselho de Ética. No dia 9 de novembro, o conselho havia aprovado, por 12 votos a 2, o pedido de cassação de Queiroz.
Outros três processos tiveram o trâmite completo no conselho durante a crise: os de Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Sandro Mabel (PL-GO).
Nos dois primeiros casos, o conselho pediu a cassação. Jefferson teve todos os 14 votos pela perda de seu mandato; Dirceu, apenas um voto pedindo sua absolvição.
Em ambos, a Câmara referendou a decisão do conselho. Jefferson foi o primeiro cassado da crise, com 313 votos do plenário pela sua cassação. Dirceu teve alguns votos a menos -293-, mas também não escapou da perda do mandato.
Entre as duas cassações, o conselho recomendou a absolvição de Sandro Mabel por ausência de provas de que ele pagasse o "mensalão" para a bancada do PL. Os 14 integrantes do conselho concordaram com a tese do relator, Benedito de Lira (PP-AL).
No plenário da Câmara, o resultado não foi diferente: 340 deputados votaram pela absolvição de Mabel. Apenas 108 quiseram a cassação.
O Conselho de Ética ainda dará parecer sobre a cassação de mandato de outros 11 deputados envolvidos no escândalo do "mensalão".


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