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Venda é alegação mais comum
da Reportagem Local
A venda do veículo sem a transferência do registro de propriedade é a alegação mais frequente entre os deputados que têm veículos
não-licenciados ou licenciados de
modo irregular.
É praxe no comércio de veículos
que o vendedor apenas assine
uma autorização para transferência do registro da propriedade do
carro e que o comprador fique
responsável por transferi-lo.
Alguns deputados enviaram à
Folha cópias de suas declarações
de Imposto de Renda nas quais
consta a informação ao Fisco de
que o veículo foi vendido. O procedimento foi adotado pelo deputado estadual Arnaldo Jardim
(PPS), que tem um Verona GLX
prata 90 registrado em seu nome.
O carro foi licenciado pela última
vez em 15 de janeiro de 98, mas
tem oito multas de 96 e de 97 que
não foram pagas. O débito total
do veículo é de R$ 2.154,77.
Raramente os deputados alegaram ter pedido o bloqueio do veículo no Detran, para forçar o
comprador a fazer transferência.
Essa atitude foi tomada por Campos Machado e Ricardo Tripoli.
Já o deputado estadual Agripino
Lima (PTB) afirmou que vendeu
em 95 sua BMW vermelha 92.
"Esse carro não vale mais nada.
Ele entrou como parte de pagamento de um aviãozinho que eu
vendi", disse Agripino, que hoje
tem um Mercedes-Benz S-500 97.
Ele declarou que o comprador do
carro morreu e que não tem nenhum comprovante da transação.
Os deputados Valdemar Costa
Neto (PL), Arthur Alves Pinto
(PL), Claury Alves dos Santos
(PTB) e Luiz Carlos Gondim (PV)
disseram que vão tomar providências para que seus carros sejam transferidos para as pessoas
que pagaram por eles.
Alguns deputados alegaram
que não utilizam mais seus veículos para justificar o fato de eles
não estarem licenciados.
O deputado estadual Celso Tanaui (PTB) afirmou que seu Monza GLS vermelho 95 está com o
motor fundido desde as eleições
de 98 e que vai regularizá-lo. O último licenciamento do carro foi
feito em 30 de dezembro de 98,
mas uma multa que venceu em 8
de outubro de 97 não foi paga, segundo dados da CET.
O deputado estadual Junji Abe
(PSDB) disse que seu Chevrolet
D-10 vermelho 78 virou sucata em
91. Ele prometeu regularizar a situação do carro no Detran.
O deputado federal Fernando
Zuppo (PDT) declarou que questiona as multas que recebeu na
Justiça e que tem liminar para licenciar o carro sem pagá-las.
O deputado federal João Paulo
(PT) tem um Tipo 1.6 IE cinza 95
que seria usado pela mulher dele.
O carro foi licenciado pela última
vez em 12 de novembro de 98,
mas tinha uma multa vencida em
9 de outubro de 98, que não foi
paga, segundo dados da CET. Ele
afirmou que recebeu duas multas
em 98: pagou uma e havia recorrido da outra. Na quinta-feira, resolveu pagar essa última.
O deputado estadual Duarte
Nogueira (PSDB) afirmou que a
multa que aparece pendente na
CET não consta dos registros do
Ciretran de Ribeirão Preto.
O deputado estadual João Caramez (PSDB) disse que a Mobilete
93 que ele comprou para seus filhos foi roubada em 94, mas que
ele não registrou o furto. O deputado estadual Turco Loco declarou que não sabia que seu carro
não estava licenciado.
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