São Paulo, sexta-feira, 16 de janeiro de 2004

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PAINEL

Não vale o escrito
O agente da PF César Herman, preso pela Operação Anaconda, apresentou monografia no Curso Especial de Polícia sobre "O Câmbio e a Evasão de Divisas". Aponta "a periculosidade social do servidor público envolvido em organização criminosa".

Sem pressa
A Venezuela de Hugo Chávez ainda não fez uso da linha de crédito de US$ 1 milhão que Lula mandou o BNDES abrir para o seu setor agrícola. O petista tentou ajudar Chávez no auge da crise no país, mas o dinheiro está parado há oito meses.

No passivo de Lula
A maior parte das cartas que chegaram à Câmara em 2004 traz críticas à convocação extraordinária, em especial aos salários extras que os deputados receberão. João Paulo (PT-SP) responde que a culpa é de Lula, que assinou a convocação.

Corrente católica
Católicos do Rio iniciaram corrente com mensagem aos parlamentares: "Senhor congressista, vote a redução do recesso parlamentar e não embolse os R$ 25 mil extras, pois nós não somos bestas. Vamos nos lembrar na hora de votar".

Minoria no Congresso
Seis deputados do PT abriram mão dos salários da convocação extraordinária: Walter Pinheiro (BA), Chico Alencar (RJ), Mauro Passos (SC), Orlando Desconsi (RS), Orlando Fantazzini (SP) e Doutor Rosinha (PR).

Fracasso de mídia
A imprensa da Índia até agora ignora o Fórum Social Mundial, que começa hoje em Mumbai.

Tudo de novo
Trinta e nove municípios do agreste de Alagoas decretaram estado de emergência neste ano devido à seca. Cerca de 300 mil pessoas dependem da água de caminhões-pipa enviados pelo governo federal.

Inchaço do poder
O governador Paulo Hartung (PSB-ES) reúne-se na segunda-feira com José Dirceu em Brasília. No Planalto, a expectativa é que acerte sua filiação ao PT.

Aviso de amigo
Os petistas mandaram emissários a Eunício Oliveira (PMDB-CE), cotado para as Comunicações, para avisar que uma nova leva de dossiês contra ele circula pelos palácios de Brasília.

Em alta
Subiu ontem a cotação de Maguito Vilela (PMDB-GO) para o ministério. Além de ter apoiado Lula na eleição, sua indicação agrada a Iris Resende. A suplente de Maguito é Iris, mulher do ex-governador de Goiás que tem o mesmo nome do marido.

Em baixa
Interlocutores do Planalto tentam esvaziar a possibilidade de indicação de Garibaldi Alves (PMDB-RN) para o ministério. Lembram que ele apoiou José Serra (PSDB) na eleição.

Silêncio dos inocentes
Os principais dirigentes do PMDB se ausentaram de Brasília após o almoço de segunda com José Dirceu. Queriam demonstrar desprendimento na reforma ministerial.

Forçando a barra
Orestes Quércia tem insinuado a petistas que se lançará candidato à Prefeitura de São Paulo. O ex-governador diz que só desiste se puder indicar o vice na chapa de Marta Suplicy, que prefere Rui Falcão na vaga.

Longe da meta
O Incra anuncia hoje que assentou cerca de 36 mil famílias em 2003. O número supera em 6.000 a meta do órgão, mas é 24 mil a menos do que Lula prometeu ao tomar posse.

Conflito na educação
O MEC contesta os secretários estaduais da Educação, descontentes com a retenção de 10% do salário-educação para a União. Diz que são 6,7%, valor revertido para Estados e municípios.

TIROTEIO

De Germano Rigotto (PMDB-RS), sobre sua ausência na negociação da reforma:
-É questão de coerência. Quero o PMDB no governo, mas sem troca de favores e sem pecha de fisiológicos.

CONTRAPONTO

À luz dos números

O secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas, ex-colaborador de José Serra, marcou reunião dias atrás com seus principais assessores para o início da noite. Quando chegou, toda a sua equipe já estava presente. Barradas sentou-se à mesa e começou imediatamente a apresentar as metas para 2004.
Expôs a necessidade de aumentar a economia com gastos do custeio da máquina, como orientou Geraldo Alckmin.
Lembrou frase do governador, dizendo que São Paulo precisa "pisar no acelerador, mas sem gastar mais combustível".
Para evitar um tom pessimista ao final de um dia de trabalho, comemorou o aumento do orçamento da secretaria -R$ 4,5 bilhões neste ano. Então, um dos assessores pediu a palavra:
-Secretário, será que podemos gastar um pouco desse dinheiro com energia elétrica e pelo menos acender a luz da sala?


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