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PREVIDÊNCIA
Minas, São Paulo e Rio já estabeleceram como limite de vencimentos o salário de seus respectivos governadores
Aécio fixa subteto para servidor do Executivo
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O governador de Minas Gerais,
Aécio Neves (PSDB), assinou ontem a lei que limita o salário do
funcionalismo do Poder Executivo mineiro em R$ 10.500. Esse valor corresponde ao salário do próprio Aécio.
Nos Estados de São Paulo e Rio
de Janeiro, os respectivos governadores, Geraldo Alckmin
(PSDB) e Rosinha Matheus
(PMDB), já haviam adotado normas semelhantes, fixando seus salários como referência.
A medida de Aécio Neves vai limitar, a partir de fevereiro, os
vencimentos de 1.061 funcionários públicos (141 da ativa e 920
inativos) -0,25% do total de
413,5 mil.
A economia prevista para o caixa de Minas Gerais é de R$ 23 milhões por ano.
A lei assinada por Aécio também estabelece as remunerações
pagas ao vice-governador (R$
9.000), aos secretários (R$ 8.500),
aos secretários-adjuntos e aos
subsecretários (R$ 7.000).
Esses valores já eram pagos desde fevereiro do ano passado,
quando o governador reduziu seu
próprio salário, de R$ 19 mil para
R$ 10.500.
O projeto de lei que definiu a remuneração do primeiro escalão
do Executivo em Minas Gerais foi
aprovado em dezembro pela Assembléia Legislativa do Estado.
O limite foi estabelecido porque
a reforma da Previdência federal,
promulgada em dezembro pelo
Congresso, define que o teto do
Executivo nos Estados deve ser o
salário do respectivo governador.
Porém, a chamada PEC (proposta de emenda constitucional)
paralela, que já foi aprovada pelo
Senado e agora passará pela Câmara dos Deputados, abre a possibilidade para que o limite seja o
salário dos desembargadores dos
Tribunais de Justiça e para que os
governadores possam, num período de transição, aumentar seus
próprios vencimentos.
Outros Estados
Em São Paulo, o subteto salarial
para os servidores públicos do
Executivo é de R$ 12.720 -correspondente ao salário de Geraldo Alckmin.
Segundo o governo paulista, pelo menos 6.500 funcionários ganham acima desse limite.
Alckmin estima que São Paulo
economize algo em torno de R$
52 milhões neste ano com a medida. O limite estará em vigor a partir do dia 5 de fevereiro, quando
serão pagos os salários de janeiro.
No Rio de Janeiro, nenhum funcionário poderá ganhar mais que
o salário da governadora Rosinha
Matheus -R$ 12.765. Os vencimentos do funcionalismo fluminense somam cerca de R$ 700 milhões.
Pelo menos três Estados ouvidos ontem pela Agência Folha
-Ceará, Alagoas e Pará- irão
adotar o subteto salarial no pagamento dos servidores públicos já
a partir deste mês.
Para o secretário da Administração do Ceará, Mauro Benevides Filho, o teto salarial é "auto-aplicável" a partir da promulgação da emenda que reformou a
Previdência. De acordo com o secretário, não há necessidade da
aprovação de um projeto de lei ou
da edição de um decreto para sua
entrada em vigor.
No Ceará, 1.012 servidores com
salários acima de R$ 8.700 terão
seus vencimentos reduzidos já no
pagamento de janeiro. O teto é
equivalente ao subsídio pago ao
governador Lúcio Alcântara
(PSDB).
A redução na folha de pagamento do Estado será de R$ 25
milhões ao ano.
Em Alagoas, o valor máximo a
ser pago aos servidores do Executivo está fixado em R$ 7.012.
No Pará, o limite foi fixado em
R$ 11.488.
Colaborou a Redação
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