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São Paulo, domingo, 16 de fevereiro de 2003

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Polícia investiga 137 correntistas do Banestado

DA REPORTAGEM LOCAL

O laudo feito pela equipe de peritos da Polícia Federal no ano passado -a partir de documentos coletados na agência do banco Banestado de Nova York- identificou 137 contas bancárias com grande movimentação financeira entre abril de 1996 e dezembro de 1997.
Dessas, pelo menos 55 são contas abertas em nome de empresas "offshore" (com sede virtual em paraísos fiscais): 33 nas Ilhas Virgens Britânicas, 12 no Uruguai, quatro no Panamá, três nas Ilhas Cayman e três nas Bahamas.
De acordo com a lista dos 137 correntistas da agência, à qual a Folha teve acesso, 51 declararam como endereço residencial o Brasil e 30, o Paraguai. A maioria dos correntistas brasileiros e paraguaios é de pessoas físicas.
Há entre eles velhos conhecidos da polícia, como doleiros e parentes.
Segundo avaliação preliminar da Polícia Federal, cerca de 20 correntistas movimentaram perto de 80% dos US$ 14,9 bilhões que passaram pela agência naquele período.
O laudo completo da PF tem 1.057 páginas. Cada um dos correntistas mereceu de quatro a cinco páginas de análise preliminar. A intenção da polícia é abrir 137 inquéritos -um para cada conta. O "inquérito-mãe", com o laudo integral, tramita em Foz do Iguaçu (PR). Quando a polícia de lá encontra dados que permitam identificar o endereço do dono da conta ou do dono da "offshore", o inquérito é enviado ao Estado de residência da pessoa.
Com autorização da Justiça Federal de Foz, as partes do laudo relativas ao caso são enviadas para os Estados onde correrá o inquérito.


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