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Polícia investiga 137 correntistas do Banestado
DA REPORTAGEM LOCAL
O laudo feito pela equipe
de peritos da Polícia Federal
no ano passado -a partir de
documentos coletados na
agência do banco Banestado
de Nova York- identificou
137 contas bancárias com
grande movimentação financeira entre abril de 1996 e
dezembro de 1997.
Dessas, pelo menos 55 são
contas abertas em nome de
empresas "offshore" (com
sede virtual em paraísos fiscais): 33 nas Ilhas Virgens
Britânicas, 12 no Uruguai,
quatro no Panamá, três nas
Ilhas Cayman e três nas Bahamas.
De acordo com a lista dos
137 correntistas da agência, à
qual a Folha teve acesso, 51
declararam como endereço
residencial o Brasil e 30, o
Paraguai. A maioria dos correntistas brasileiros e paraguaios é de pessoas físicas.
Há entre eles velhos conhecidos da polícia, como
doleiros e parentes.
Segundo avaliação preliminar da Polícia Federal,
cerca de 20 correntistas movimentaram perto de 80%
dos US$ 14,9 bilhões que
passaram pela agência naquele período.
O laudo completo da PF
tem 1.057 páginas. Cada um
dos correntistas mereceu de
quatro a cinco páginas de
análise preliminar. A intenção da polícia é abrir 137 inquéritos -um para cada
conta. O "inquérito-mãe",
com o laudo integral, tramita em Foz do Iguaçu (PR).
Quando a polícia de lá encontra dados que permitam
identificar o endereço do dono da conta ou do dono da
"offshore", o inquérito é enviado ao Estado de residência da pessoa.
Com autorização da Justiça Federal de Foz, as partes
do laudo relativas ao caso
são enviadas para os Estados
onde correrá o inquérito.
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