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Oposição retoma caso Santo André
LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O escândalo envolvendo o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência Waldomiro
Diniz deve desencadear um outro
problema para o PT e o governo:
o caso Santo André, iniciado em
2002 com a morte do então prefeito da cidade, Celso Daniel (PT).
O senador Arthur Virgílio
(PSDB-AM) disse à Folha que,
após as denúncias contra Waldomiro, conseguiu obter o apoio de
que precisava para abrir a CPI.
A morte de Celso Daniel estaria
relacionada a um esquema de cobrança de propina de empresários de ônibus que tinham contratos com a prefeitura. O PT nega.
Segundo Virgílio, as duas assinaturas que faltavam para completar as 27 -mínimo necessário
para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado- são dos senadores pelo PDT
Jefferson Péres (AM) e Juvêncio
da Fonseca (MS).
Virgílio disse que antes do caso
Waldomiro ele só dispunha de 25
assinaturas e que ainda temia ter
baixas entre senadores da base
aliada. Agora, para ele, o governo
não conseguirá desistências. Ele
espera contar com esses 27 senadores para pedir a instalação de
uma CPI do caso Waldomiro.
Juvêncio da Fonseca confirmou
que vai assinar pedidos de abertura das duas CPIs. Na sua opinião,
os demais quatro senadores do
PDT vão assinar os requerimentos de instalação das comissões.
Segundo a Folha apurou, os senadores do PDT antes não queriam assinar o pedido de abertura
da CPI em respeito ao ex-ministro
das Comunicações Miro Teixeira,
que até o mês passado estava nos
quadros do PDT e no ministério.
Após a sua saída, na reforma ministerial, e o caso Waldomiro, os
pedetistas não teriam motivos para não apoiar a abertura das CPIs.
Com o apoio integral da base
aliada, o governo conta com quase 50 dos 81 senadores. Ou seja,
para barrar a CPI, o governo precisaria do apoio da oposição.
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