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Votação é marcada
por gestos de traição
DA REPORTAGEM LOCAL
O dia de ontem foi marcado por
gestos de traição. Especialmente
para o derrotado, Edson Aparecido (PSDB). Minutos antes de ir
para o plenário, numa conversa
com Afonso Lobato (PV), Aparecido disse contar com o apoio do
também verde Giba Marson. Segundo ele, Giba teria garantido
seu apoio em conversa com Alckmin pela manhã. No voto, Giba
optou por Rodrigo Garcia (PFL).
Às 4h30m de ontem, Aparecido
foi dormir certo de que contava
com o voto da pefelista Maria Almeida, com quem o governador
conversara na segunda-feira. Segundo Aparecido, Maria Almeida
teria sido resgatada pelo marido
na véspera do "cativeiro" imposto
pelos coordenadores da campanha de Garcia, num hotel em Atibaia. Ela votou em Garcia.
Aparecido contou ter ficado até
1h30m tentando convencer um
deputado do PSB a apoiá-lo, mas
ninguém do partido votou nele.
Em seu gabinete, Aparecido tinha cópias de fax de prefeitos enviados aos deputados. Entre eles,
o líder do PDT, Geraldo Vinholi.
O prefeito de Potim visitou ontem
os deputados da região, enquanto, na ante-sala da liderança do
governo, emissários do Palácio
dos Bandeirantes acompanhavam a negociação. A ofensiva garantiu a virada de sete votos em
favor de Aparecido em relação a
lista anunciada pelos seus adversários: Edson Gomes e Gilson de
Souza (PFL), Conte Lopes (PP),
Tiãozinho da Farmácia (PV), Edson Ferrarini (PTB), Afonso Lobato (PV) e Roberto Moraes
(PPS).
A marcação foi chamada de cativeiro por Aparecido. Após receber um festivo telefonema do pai,
o senador pefelista Romeu Tuma,
seu filho ironizou:
"Não houve cativeiro. E, se houve, ninguém pediu resgate".
Às 20h30m de ontem, Garcia
encerrou a eleição da mesa da Assembléia afirmando ser "uma votação histórica".
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