DA REPORTAGEM LOCAL

O chefe da Casa Civil, José Dirceu, acompanhou, de Brasília, a eleição para a presidência da Assembléia. Tanto é que telefonou para os petistas - entre eles o líder Cândido Vaccarezza, e o presidente estadual do PT, Paulo Frateschi - para comemorar a vitória logo que o pefelista Garcia obteve os 48 votos necessários.
O presidente nacional do PT, José Genoino, também telefonou ontem para Vaccarezza, para cumprimentá-lo pela vitória. "Ele parabenizou. Agradeci", disse.
À noite, o PT fez uma festa na primeira-secretaria, ocupada pelo partido, para comemorar a derrota do governador. À noite, Garcia foi até lá e estourou uma garrafa de champanhe com petistas.
Na esteira da repercussão da derrota do candidato do governador, o presidente petista disse também que Alckmin rejeitou acordo com seu partido para eleger um tucano.
Desde que Garcia lançou-se candidato, Vaccarezza repetia que o apoio do PT ao pefelista não tinha ligação com as eleições de 2006 nem com a derrota que o governo sofreu com a eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) na Câmara. Ontem, porém, Vaccarezza caiu em contradição.
Disse que, há um mês e meio, Genoino e ele haviam conversado sobre a sucessão na Assembléia e o PT havia decidido que apoiaria o tucano. "Conversei com ele e lhe disse da minha vontade de fechar com o PSDB; mas depois, com o resultado da Câmara, quando o PSDB apoiou Severino...", afirmou, sem terminar a frase.
Mais do que festejar a eleição de Garcia, líder do PFL que, contrariando as expectativas do Bandeirantes lançou-se candidato, o PT conseguiu derrotar Alckmin e manter a Primeira Secretaria na Mesa Diretora. Na cúpula petista, caciques dizem que Alckmin foi vítima do mesmo erro do PT federal: suposta arrogância, ignorando aliados.
(CATIA SEABRA)