São Paulo, quarta-feira, 16 de março de 2005

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NOVA REPÚBLICA - 20 ANOS

Importância do regime democrático, apesar de falhas, também foi destacada em discursos

Senadores fazem homenagem a Tancredo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em sessão solene para comemorar os 20 anos da redemocratização, os senadores homenagearam ontem, sobretudo, Tancredo Neves e o ex-presidente José Sarney (1985-1990). Também foi frisada nos discursos a importância do regime democrático, apesar de suas falhas.
"Eu estava preparado para ser o vice-presidente fraco de um presidente forte", disse, bem-humorado, o hoje senador Sarney (PMDB-AP), ao saudar os presentes como fazia em seus discursos de presidente: "Se permitem uma reminiscência, eu diria "brasileiros e brasileiras'".
Sarney ressaltou as qualidades de Tancredo. "A essência de Tancredo, ele mesmo dizia, era um conciliador. "Só não transijo com os princípios". "Não há penitência sem dor nem política sem princípios'", disse ele, lembrando frases de Tancredo.
O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), fez o primeiro elogio público, segundo ele, a Paulo Maluf. Para o tucano, ele também merece ser lembrado por ter ajudado, com sua candidatura, a viabilizar a realização do Colégio Eleitoral em 1985.
"Maluf derrotou Mário Andreazza e enfrentou Tancredo num pleito perdido, mas foi até o fim. Se ele tivesse renunciado, talvez a história da democracia fosse outra", afirmou Virgílio.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS), ministro da Agricultura do governo Sarney, cobrou a dívida social do país que, segundo ele, perdura até hoje.
O general Leônidas Pires Gonçalves (ex-ministro do Exército), presente na solenidade, e o então presidente da Câmara e do PMDB, Ulysses Guimarães, já morto, foram saudados como os principais avalistas da posse de Sarney no lugar de Tancredo, em 15 de março de 1985 .


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