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NOVA REPÚBLICA - 20 ANOS
Importância do regime democrático, apesar de falhas, também foi destacada em discursos
Senadores fazem homenagem a Tancredo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em sessão solene para comemorar os 20 anos da redemocratização, os senadores homenagearam ontem, sobretudo, Tancredo Neves e o ex-presidente
José Sarney (1985-1990). Também foi frisada nos discursos a
importância do regime democrático, apesar de suas falhas.
"Eu estava preparado para ser
o vice-presidente fraco de um
presidente forte", disse, bem-humorado, o hoje senador Sarney (PMDB-AP), ao saudar os
presentes como fazia em seus
discursos de presidente: "Se permitem uma reminiscência, eu
diria "brasileiros e brasileiras'".
Sarney ressaltou as qualidades
de Tancredo. "A essência de
Tancredo, ele mesmo dizia, era
um conciliador. "Só não transijo
com os princípios". "Não há penitência sem dor nem política
sem princípios'", disse ele, lembrando frases de Tancredo.
O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), fez o primeiro elogio público, segundo ele, a
Paulo Maluf. Para o tucano, ele
também merece ser lembrado
por ter ajudado, com sua candidatura, a viabilizar a realização
do Colégio Eleitoral em 1985.
"Maluf derrotou Mário Andreazza e enfrentou Tancredo
num pleito perdido, mas foi até
o fim. Se ele tivesse renunciado,
talvez a história da democracia
fosse outra", afirmou Virgílio.
O senador Pedro Simon
(PMDB-RS), ministro da Agricultura do governo Sarney, cobrou a dívida social do país que,
segundo ele, perdura até hoje.
O general Leônidas Pires Gonçalves (ex-ministro do Exército),
presente na solenidade, e o então
presidente da Câmara e do
PMDB, Ulysses Guimarães, já
morto, foram saudados como os
principais avalistas da posse de
Sarney no lugar de Tancredo,
em 15 de março de 1985 .
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