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Vítimas do Palace 2 cantam o
hino nacional para comemorar
da Sucursal de Brasília
As 27 vítimas do desabamento
do edifício Palace 2 que vieram a
Brasília acompanhar a votação da
cassação do mandato do deputado
Sérgio Naya (sem partido-MG)
cantaram o hino nacional com as
mãos no peito quando o resultado
da votação indicou a cassação.
Durante a tarde, os ex-moradores entregaram nos gabinetes dos
líderes na Câmara folhetos sobre a
tragédia do Palace.
O objetivo do grupo era incentivar os deputados a comparecer ao
plenário, já que havia o risco de
falta de quórum.
No início da votação, o grupo
deu as mãos "numa corrente
pró-justiça", segundo um dos
ex-moradores.
"A cassação representa justiça",
disse Sebastião Carvalho Rodrigues, que comprou o apartamento
da Sersan -construtora do edifício Palace 2, que desabou em fevereiro no Rio de Janeiro- apenas
porque a falência da Encol provocou a paralisação da obra do apartamento onde deveria morar.
"A cassação não pode trazer de
volta os prejuízos que tive, mas representa o resgate da minha cidadania", disse o analista de sistemas
Ruy Feital, 42, que perdeu a casa e
o local de trabalho no acidente do
Palace 2.
Barbara Alencar, 41, que perdeu
a filha Luiza, de 7 anos, no acidente do Rio de Janeiro, disse que a
punição de Naya pode desestimular "a lei de Gerson generalizada
que ronda o país".
Para ela, há uma relação entre a
queda do edifício e as declarações
de Sérgio Naya gravadas em vídeo.
"Usando material de segunda ou
falsificando assinaturas, ele queria
levar vantagem em tudo", disse
Barbara.
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