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Maguito assume PMDB e defende cassação de ACM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Maguito Vilela
(GO), que assumiu ontem a
presidência do PMDB, reúne
hoje a Executiva do partido para recomendar que os peemedebistas do Conselho de Ética
do Senado votem pela cassação
de Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF).
Parte da cúpula quer mostrar
que o partido não fez acordo
para salvar ACM. Segundo
membros do Conselho de Ética, o presidente do Senado, Jader Barbalho (PA), e o líder do
PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL), teriam simpatia pelo
entendimento pró-ACM.
Governistas e oposicionistas
do PMDB selaram uma paz
precária quando Jader transmitiu a presidência do partido
a Maguito. Em setembro, na
convenção nacional, as duas
alas deverão ter um embate decisivo sobre as eleições de 2002.
"Se depender de mim, vamos
decidir em setembro que teremos candidato próprio no ano
que vem", disse Maguito.
Os governistas preferem esperar março ou abril de 2002
para decidir se apóiam o PSDB
ou se disputam o Planalto.
"Deve causar incômodo a
muita gente o PMDB ter a opção de permanecer na base do
governo e de ter candidato próprio", disse Jader, que se licenciou sem prazo definido da
presidência do partido. Assim,
ele pode voltar ao cargo se a cúpula, maioria na Executiva, discordar de Maguito.
Publicamente, todos os peemedebistas afirmam que terão
candidato próprio. Com a licença de Jader, os governistas
desejam mostrar que não são
radicalmente anti-Itamar.
Mas, ao optar por decidir a
candidatura própria em 2002, o
grupo contraria o governador
mineiro. Itamar quer a definição já em setembro para ter
tempo de mudar de partido e
concorrer à Presidência.
Até lá, quando será eleito um
novo presidente do PMDB, governistas e oposicionistas vão
disputar espaços no partido.
O primeiro embate será domingo. Convenções estaduais
desenharão o mapa da legenda.
Com os resultados, os governistas decidirão com FHC
quem será o novo ministro da
Integração Nacional ou se trocam a pasta.
(KENNEDY ALENCAR)
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