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MARANHÃO
Operação em escritório de inteligência em São Luís teria sido irregular
Coronel da PM é indiciado pela PF
RANIER BRAGON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS
A Polícia Federal do Maranhão
indiciou ontem o comandante-geral da Polícia Militar do Estado,
coronel José Nogueira Lago, por
acusação de falsidade ideológica,
prevaricação, abuso de autoridade e usurpação de função.
As irregularidades teriam ocorrido na ação da PM maranhense
no escritório de inteligência da PF
em São Luís, em 27 de março.
O delegado federal José Roberto
Lopes Caúla, que presidiu o inquérito, disse que não encontrou
nenhum elemento que justificasse
a atitude da PM, que, na ocasião,
tentou cumprir um mandado de
busca e apreensão na casa.
Dizendo não saber do funcionamento de um órgão da PF no
imóvel, a PM afirmou ter ido à casa depois de ter recebido telefonemas de vizinhos que estariam desconfiando de alguma atividade
criminosa no local. Os cerca de 50
PMs foram recebidos por agentes
federais.
O fato aconteceu semanas depois da ação da Polícia Federal na
Lunus, empresa da ex-presidenciável e então governadora Roseana Sarney (PFL), o que causou interpretações sobre uma possível
tentativa da pefelista de provar
que o governo federal estaria espionando sua vida. Ela nega ter
sabido do caso com antecedência.
Lago foi o autor do pedido à Justiça Estadual do mandado de busca, utilizando como argumento as
supostas ligações. O indiciamento
por falsidade ideológica, segundo
a PF, ocorreu porque ele não deu
provas da existência das ligações.
A usurpação de poder seria pelo
fato de ser competência da Polícia
Civil ou Federal, e não da PM, o
pedido de mandados de busca e
apreensão. O abuso de autoridade
e a prevaricação envolvem suposto mau uso do cargo público.
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