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Texto causou
tensão interna,
diz líder do PT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O deputado Nelson Pellegrino (BA), líder da bancada
do PT na Câmara, afirmou
que o abaixo-assinado causou "uma tensão interna",
"abriu uma crise", mas disse
acreditar que que tudo pode
ser contornado com diálogo.
"Vejo com muita preocupação esse momento, ele é
de tensão interna, é preciso
diálogo. Eu, como líder, vou
tentar ajudar, mas, sem dúvida nenhuma, isso abre
uma crise", declarou pela
manhã, quando ainda havia
a ameaça de renúncia do senador Tião Viana.
Apesar de ter votado contra a abertura de processo
disciplinar contra os parlamentares, Pellegrino disse
que não vai aderir ao abaixo-assinado porque "não é a
melhor forma de dialogar
com a direção do partido".
O deputado afirmou ter
pedido a Tarcísio Zimmermann para não apresentar o
texto como recurso. Pellegrino pertence à tendência Força Socialista, de esquerda dentro do PT, e já sofreu um
desgaste por ter assinado ao
lado de outros 36 deputados
petistas um texto crítico ao
governo durante a apreciação da emenda do sistema financeiro, que abre a brecha
para a autonomia do BC.
Apesar de não ter colocado
sua assinatura desta vez, Pellegrino também é contra a
punição dos radicais e prega
um acordo, o que vai ao encontro do texto elaborado
por Zimmermann, Walter
Pinheiro e Eduardo Suplicy .
Heloísa Helena
A senadora Heloísa Helena
(PT-AL) afirmou ter ficado
"preocupada" e "triste" com
os desdobramentos do abaixo-assinado. "Espero que
um ato tão bonito de solidariedade, e não de confronto,
não passe a ser considerado
como enfrentamento entre a
base e o poder", disse. Ela estava na reunião em que Tião
Viana renunciou ao cargo e
foi uma das que tentaram
demovê-lo.
Segundo Suplicy, a senadora não participou da elaboração do recurso à Executiva do PT contra a sua expulsão e dos deputados Babá
e Luciana Genro.
Sobre a afirmação do líder,
Tião Viana, de que a expulsão poderia ser evitada se os
chamados radicais assumissem compromisso de votar
com o PT, ela reafirmou que
não desistirá de suas posições. "Vou para a comissão
de ética com muita serenidade, mas sem abrir um milímetro da firmeza com que
ajudei a construir o PT."
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