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São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 2003

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SOCIAL

Ministro afirma "sonhar" com o dia em que Lula e os 27 governadores irão lançar um plano de educação para o país

Buarque pede mais verbas para o ensino

ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO

Um dia após o ministro da Cultura, Gilberto Gil, ter pedido que o governo federal aumente as verbas para a sua pasta, o ministro da Educação, Cristovam Buarque, voltou a pedir mais recursos para o ensino. Em palestra na 11ª Bienal do Livro, que ocorre no Rio, Buarque disse que, para melhorar as condições da educação no Brasil será necessário mais dinheiro.
"Esse é um dinheiro que a sociedade brasileira vai ter que tirar de algum lugar para colocar na educação. Acabou o tempo em que a gente mentia, fabricando dinheiro e produzindo inflação", disse o ministro. No mês passado, ele já havia pedido publicamente mais recursos para a sua pasta.
Em resposta a Buarque, em evento em que os dois estavam presentes, o presidente Lula pediu que ele tivesse calma porque o "apressado come cru".
Para Buarque, só será possível avançar se toda a sociedade escolher a educação como prioridade. "Eu sonho com o dia em que o presidente Lula, com os 27 governadores, irá lançar no Planalto um plano de educação para o Brasil", afirmou, em referência ao ato de entrega das propostas de reformas previdenciária e tributária ao Congresso Nacional, no dia 30 do mês passado, que Lula realizou ao lado dos governadores.
Buarque defendeu que o problema do Brasil não é de falta de recursos. "Não falta verba nesse país. O problema é que a prioridade não é o ensino básico ou a universidade. E não é do governo que eu estou falando, mas da sociedade inteira. Há brasileiros que não querem abrir mão. E não estou falando apenas dos ricos, mas também de nós, da classe média."


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