São Paulo, domingo, 16 de maio de 2004

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Greve é contra desmanche, afirma servidor

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

O superintendente do Incra em Minas Gerais, Marcos Helênio, afirmou à Agência Folha que o grave problema da falta de estrutura com pessoal nas unidades estaduais do órgão só pode ser resolvido de maneira "política".
Isso significa, segundo ele, que os Estados precisam colocar servidores estaduais capacitados para ajudar o Incra nas tarefas de vistoriar áreas e também nas tarefas burocráticas da questão agrária. Mas, para que isso aconteça, o Ministério do Desenvolvimento Agrário deveria negociar com os governadores.
A principal reivindicação funcionários grevistas do Incra é a reestruturação do órgão, para "reverter o processo de desmanche do governo FHC", afirma José Vaz Parente, 53, do colegiado a Cnasi (Confederação Nacional dos Servidores do Incra).
Segundo Parente, somente com reestruturação do Incra e a criação de um plano de carreira para os funcionários, vai ser possível cumprir a meta de assentamento de 115.000 famílias, neste ano, dentro do plano de reforma agrária do governo Lula.
"A situação é tão precária hoje, que mesmo com os altos índices de desemprego no país, ninguém quer trabalhar no Incra", disse Parente. Ele estima que o governo federal terá que dobrar o número de funcionários para que a meta de assentamento seja cumprida e que os 400 mil assentados "recebam assistência eficaz para o processo de recuperação dos projetos de assentamentos existentes".
Parente disse que o movimento busca recuperar a capacidade operacional do órgão, sob o risco de o "governo Lula repetir neste ano a agenda negativa de reforma que obteve no ano passado".


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