São Paulo, domingo, 16 de junho de 2002

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Em clima de espetáculo, sigla lota estádio

ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em clima de grande espetáculo, com as cores da Copa do Mundo e no ritmo de forró, o PSDB venceu o desafio de lotar, com cerca de 10 mil pessoas, o ginásio Nilson Nelson, na convenção nacional do partido em Brasília.
No palanque, um clima de "revival", com o reencontro de fundadores da legenda. Na geral, torcedores, em sua maioria do entorno de Brasília, de Goiás e do Tocantins, falavam -mais do que sobre votar no presidenciável José Serra- da expectativa de deixar de ser desempregado, trabalhar na campanha tucana e ganhar R$ 200 mensais.
Moradora de Samambaia, cidade-satélite a 70 quilômetros de Brasília, a estudante Cristiane de Souza, 16, é candidata a uma das vagas no exército que trabalhará para eleger Serra. Também na fila está o agricultor José Divino Barros, 49, morador de Aparecida do Rio Negro (TO), que viajou 900 quilômetros para participar da convenção tucana.
No colorido das arquibancadas, chamou a atenção, além da imensa bandeira que lembrava a presença do Tocantins, uma faixa do ministro da Educação, Paulo Renato Souza, em apoio a Serra.
O ministro, que no ano passado tentou se colocar como candidato a presidente, mas perdeu o lugar, disse que a iniciativa foi um gesto natural. "Nas convenções, eu sempre saúdo os convencionais. Não poderia ser diferente nessa", declarou.
As torcidas, uniformizadas com as 9.000 camisetas distribuídas pela organização do evento, disputavam a atenção da cúpula tucana. Para ajudar no espetáculo, receberam: 350 bandeiras, 400 cartazes e, para o barulho -com grande possibilidade de aproveitamento nos jogos do Brasil na Copa- 250 cornetas e buzinas verdes, amarelas e azuis.
Às 11h não havia mais nada para distribuir. Exceção feita a 2.500 bonés, reservados para colorir as cabeças de convencionais do PMDB que se integrariam ao evento tucano tão logo ficassem liberados de sua própria convenção, que acontecia simultaneamente no Congresso.
Circulando entre o tucanato, o coordenador-executivo da campanha, Milton Seligman, comemorava o sucesso do espetáculo. "Não deu trabalho político. Nosso desafio foi operacional", declarou Seligman.



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