São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 2005

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OUTRO LADO

Senador diz que ação é resultado de "erro primário"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) disse que houve "um erro primário" por parte do Ministério Público no caso, que teria confundido patrocínio com publicidade. Azeredo, ex-governador de Mina Gerais, afirmou que a contratação da SMP&P pelas estatais Copasa e Comig foi legal.
"Foram duas estatais que compraram cotas de patrocínio de três eventos esportivos. Isso tudo foi feito corretamente pelas empresas. Foi tudo feito pela SMP&B porque era a empresa responsável pelo evento já por muitos anos, mesmo antes de meu governo", afirmou.
Segundo ele, a SMP&B já era responsável pela promoção do Enduro da Independência antes da entrada do empresário Marcos Valério na agência, acusado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser um dos operadores do "mensalão".
O senador disse que foi ele próprio quem pediu para que o processo fosse enviado para o STF (Supremo Tribunal Federal). "Eu pedi para ir ao STF porque em Minas eu vi que já existia uma parcialidade na questão."
Um dos equívocos cometidos pelo Ministério Público, segundo Azeredo, é que os procuradores teriam alegado que não haveria publicação de anúncios em veículos de comunicação. "Evidentemente que não havia, porque era patrocínio", disse.
Ele comparou ao patrocínio realizado pelo Banco do Brasil a eventos esportivos.
Sobre a saída do vice-governador de Minas Gerais, Clésio Andrade, da SMP&B semanas antes do pagamento feito pelas duas estatais à agência de publicidade, disse que ele deixou a sociedade porque legalmente não poderia ser candidato participando da empresa.
O senador afirma ainda que a agência que cuidou de sua campanha foi a do publicitário Duda Mendonça. "A SMP&B fez alguns trabalhos paralelos para candidatos da coligação", disse.


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