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FRONTEIRA
Motivo foi carga de madeira
Exército é acusado de maus-tratos pelo Peru
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ação do Exército Brasileiro no
rio Javari, que marca trecho da
fronteira entre o país e o Peru, gerou acusações de maus-tratos
contra peruanos pelo governador
da Província de Loreto (noroeste
do Peru), Robinson Rivadeneyra.
O incidente ocorreu quando
militares brasileiros transportavam um lote de madeira ilegal
apreendido por índios mayurunas, do território brasileiro.
Segundo o Exército, um grupo
de peruanos organizado pela ex-governadora do Departamento
de Loreto (o nome não foi revelado) tentou impedir, anteontem, a
passagem das jangadas de toras
que eram escoltadas por militares
do 8º Batalhão de Selva.
"O incidente foi contornado e a
madeira prossegue pelo rio Javari
em direção a Tabatinga [cidade
brasileira na divisa entre Peru e
Colômbia], onde deve chegar
dentro de oito dias", afirmou, em
nota, o Centro de Comunicação
Social do Exército.
A assessoria do Exército, em
Brasília, disse que a confusão começou quando agentes do Inrena
(órgão peruano equivalente ao
Ibama) pediram ao comandante
do 1º Pelotão Especial de Fronteira que interviesse com tropas do
Brasil para liberar a madeira.
Segundo a Folha apurou, a madeira apreendida estava com a
polícia peruana. Rivadeneyra disse que um agente da inteligência
brasileiro instigou os índios a tomarem o lote. "[Os índios] atuaram com muita violência, com armas de fogo, flechas e machadinhas contra os policiais peruanos." (ANDRÉ SOLIANI)
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