São Paulo, quarta-feira, 16 de agosto de 2000 |
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PAINEL Devagar com o andor Assim como Tasso Jereissati (CE), Mário Covas e seu grupo defendem que FHC protele a definição de seu candidato à sucessão até pelo menos o final de 2001. Atribui-se a pressão pela escolha precoce, em abril próximo, a José Serra (Saúde), hoje o mais alarmado dos tucanos com o avanço capilar da candidatura Ciro (PPS) no empresariado. Sinal de alerta No grupo de Covas, diz-se que o governador precisa de tempo para se viabilizar como candidato em 2002. O que pesa são suas condições de saúde, sobre as quais há opiniões contraditórias entre os amigos. Mas um covista da gema admite ter ficado "preocupado" com a "ênfase" com que ele negou, no "Roda Viva", que vá ser candidato. Aposta Avaliação feita em Brasília sobre o "Roda Viva": Covas lançou Serra para 2002. Cabeça de ponte A risca de giz que Covas traçou em relação à eventual reedição da aliança PSDB-PFL tem um objetivo de curto prazo: eleger um tucano (Aécio Neves) para presidir a Câmara. É um posto que o governador considera vital para comandar a reforma tributária e, mais tarde, influir na sucessão de FHC em 2002. Em casa A DTC, empresa que teve EJ como sócio até recentemente, é contratada do PFL. Dá suporte técnico a curso dirigido a prefeitos, vereadores e candidatos da sigla sobre como proceder na gestão da coisa pública. Mesmo time À exceção de ACM, PMDB e PFL não levam a sério a candidatura Tasso Jereissati (CE). Os caciques estão convencidos de que o governador cearense já está fechado com Ciro Gomes (PPS), a quem daria apoio empresarial e credibilidade no mercado. "Mesmo ACM apóia Tasso para chegar a Ciro", sustenta um cardeal pefelista. Flexibilidade eleitoral Enquanto ninguém mexer no que Malan (Fazenda) considera a lógica do Real, o ministro não deve criar caso em relação a medidas como o controle de preços de medicamentos. Outra coisa seria liberar a política monetária para estimular o crescimento, como há pouco defendia Pimenta (Comunicações). Aposta alternativa A exemplo de Ciro Gomes, Lula também vai aproveitar o horário gratuito na TV para fazer campanha. Mas seu discurso não será tão federalizado como o do presidenciável do PPS. Lula vai priorizar projetos que deram certo em gestões do partido. Sintonia fina A popularidade de Geraldo Alckmin anda alta em pelo menos um setor: o dos empreiteiros. Sua palestra foi a mais concorrida no ciclo da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas, com 120 espectadores, contra 80 na de Erundina e 70 na de Maluf. Faltam ainda as de Marta e de Tuma. Namoro anunciado No PSB dá-se como certo que, se Alckmin não se mexer nas pesquisas em até duas semanas, haverá uma migração do tucanato para os braços de Erundina. O movimento de debandada já foi batizado de "atração fatal". Flerte a prazo Avalia-se no PMDB que Anthony Garotinho só está esperando a eleição para voltar a namorar o partido. Tenta apenas se segurar mais um pouco no PDT em razão das campanhas dos seus aliados nos municípios. Visita à Folha Ruy Martins Altenfelder Silva, presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial e do Instituto Roberto Simonsen e superintendente-geral da Fundação Prêmio Santista, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Charles Magno, assessor de imprensa. TIROTEIO De José Carlos Dias, advogado e ex-ministro da Justiça, sobre a movimentação da base aliada no Congresso para aprovar a "Lei da Mordaça": - Não se está querendo amordaçar ninguém, mas dar garantias aos cidadãos. De qualquer modo, esse não é o momento oportuno. Todo mundo vai imaginar que é por causa do Eduardo Jorge. CONTRAPONTO Bala de festim Romeu Tuma (PFL) reuniu-se na semana passada com o comando de sua campanha a fim de discutir quais serão os seus próximos passos na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Na reunião, os marqueteiros começaram fazendo uma avaliação positiva sobre os outdoors nos quais a estrela do xerife, que identifica o pefelista, é contraposta à estrela do PT. Para os publicitários, Tuma tem de se apresentar como o único candidato com chances de derrotar a petista Marta Suplicy, favorita nas pesquisas. - O senhor tem de bater na Marta! - disse o publicitário Marco Antônio Rocha. Tuma olhou, mas não falou nada. Alguns minutos depois, o marqueteiro voltou a insistir: - O senhor tem de bater na Marta! Tem de bater na Marta! Fazendo cara de ingênuo, Tuma respondeu, sorrindo: -Mas ela não me fez nada! Próximo Texto: Caso TRT: TRF nega habeas corpus, e ex-juiz não deve se entregar Índice |
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