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Bittar evita locais sem representante
DA SUCURSAL DO RIO
Candidato do PT à Prefeitura
do Rio, o deputado federal Jorge
Bittar evita a favelas em que o partido não tem representantes, disse
à Folha o assessor Celso Caseiro,
coordenador da militância petista
na campanha.
É uma questão de segurança.
Sem a preparação prévia da visita,
Bittar corre o risco de ficar exposto às quadrilhas de traficantes que
controlam as favelas cariocas.
Quem ajuda na negociação são os
chamados representantes: "Pessoas com candidaturas a vereador, geralmente, lideranças comunitárias ligadas ao partido",
descreve caseiro.
A situação é abordada de modo
discreto por ele, indicado pela direção da campanha para falar.
Ele diz que, com a proximidade
da eleição, mesmo que não tenha
um representante, Bittar terá de
investir nas favelas maiores, onde,
em tese, a concentração do comércio permitiria uma panfletagem nos horários de maior movimento. Caseiro concedeu a entrevista na manhã de quinta-feira.
(ST)
Folha - Qual o procedimento da
organização da campanha do candidato Bittar em relação às favelas
dominadas pelo tráfico?
Celso Caseiro - Só trabalhamos
em comunidades onde temos representante. Onde não temos,
não estamos indo.
Folha - Por quê?
Caseiro - É uma questão que exige a presença de uma pessoa conhecida, um representante.
Folha - Quem são esses representantes?
Caseiro - Pessoas com candidaturas a vereador, geralmente, lideranças comunitárias ligadas ao
partido.
Folha - Qual a antecedência desses contatos?
Caseiro - A agenda costuma ser
preparada no início da semana
para todos os eventos. A partir
daí, começam os preparativos. Às
vezes até com mais de uma semana [de antecedência].
Folha - Como fazer para não prejudicar a campanha, já que nas favelas vivem milhares de eleitores?
Caseiro - Estamos trabalhando
showmícios, com palanques instalados nas comunidade, na noite
de sexta-feira, nos fins de semana.
Há lugares importantes [nas favelas] para a campanha, como o
Jacarezinho [favela no Jacaré, zona norte], a Rocinha [São Conrado, zona sul] e a Nova Brasília [favela no complexo do Alemão, na
zona norte]. Pretendemos percorrê-los, mesmo que seja só nas
áreas mais comerciais.
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