São Paulo, quinta-feira, 16 de agosto de 2007

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Lula afirma não repartir nem baixar alíquota

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Lula afirmou ontem que o governo pretende aprovar a CPMF como ela é hoje: sem divisão das receitas com os Estados ou mudanças na alíquota da contribuição.
"Vamos negociar, sempre tem negociação, mas não vamos baixar a alíquota ou repartir. Ninguém está pensando nisso [dividir a arrecadação]", disse.
Segundo o presidente, a CPMF será aprovada mesmo sob pressão da oposição. "Sempre que a CPMF vai ao Congresso é assim. A função da oposição é criar problemas para o governo e a função do governo é governar. (...) Vamos aprovar a CPMF e vamos aprovar a reforma tributária, essa reforma que todo mundo fala, fala, fala e ninguém faz. Nós vamos fazer. Vamos ser julgados por aquilo que fizemos".
Segundo o presidente, por mais que ele próprio tenha sido contra a CPMF, não é possível hoje fechar as contas federais sem essa arrecadação. "Quem em sã consciência acha que o governo pode prescindir de R$ 38 bilhões por ano? Se não tiver, vai ter que cortar de outra coisa", disse Lula. "Igual a seu salário, se tirar 50% é a mesma coisa", comparou Lula com as contas do governo.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), apoiou ontem a prorrogação da CPMF, mas com redução de alíquota e com um "partilhamento paulatino [sic]" com Estados e municípios.
A renovação da CPMF é considerada fundamental pelo governo e pode dar novo gás ao senador, que enfrenta ameaça de perda do cargo. Segundo Renan, a prorrogação depende de "muita negociação, especialmente no Senado".


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