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Lula afirma não repartir nem baixar alíquota
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Lula afirmou ontem que o governo
pretende aprovar a CPMF
como ela é hoje: sem divisão das receitas com os Estados ou mudanças na alíquota da contribuição.
"Vamos negociar, sempre tem negociação, mas
não vamos baixar a alíquota ou repartir. Ninguém
está pensando nisso [dividir a arrecadação]", disse.
Segundo o presidente, a
CPMF será aprovada mesmo sob pressão da oposição. "Sempre que a CPMF
vai ao Congresso é assim.
A função da oposição é
criar problemas para o governo e a função do governo é governar. (...) Vamos
aprovar a CPMF e vamos
aprovar a reforma tributária, essa reforma que todo
mundo fala, fala, fala e ninguém faz. Nós vamos fazer. Vamos ser julgados
por aquilo que fizemos".
Segundo o presidente,
por mais que ele próprio
tenha sido contra a CPMF,
não é possível hoje fechar
as contas federais sem essa arrecadação. "Quem em
sã consciência acha que o
governo pode prescindir
de R$ 38 bilhões por ano?
Se não tiver, vai ter que
cortar de outra coisa", disse Lula. "Igual a seu salário, se tirar 50% é a mesma
coisa", comparou Lula
com as contas do governo.
O presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), apoiou ontem a prorrogação da CPMF, mas
com redução de alíquota e
com um "partilhamento
paulatino [sic]" com Estados e municípios.
A renovação da CPMF é
considerada fundamental
pelo governo e pode dar
novo gás ao senador, que
enfrenta ameaça de perda
do cargo. Segundo Renan,
a prorrogação depende de
"muita negociação, especialmente no Senado".
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