DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O coordenador nacional do Avança Brasil, José Paulo Silveira, do Ministério do Planejamento, afirmou que o que realmente importa são os resultados obtidos.
"No projeto de erradicação do trabalho infantil, por exemplo, mais importante do que ver quanto se gastou é ver quantas crianças, efetivamente, foram tiradas do trabalho infantil", afirma.
Mesmo ressaltando considerar satisfatória a execução financeira do plano, Silveira enumera resultados na área social, considerada por ele como a que teve prioridade absoluta no Avança Brasil, como forma de fortalecer sua tese.
"Na erradicação do trabalho infantil, a meta era tirar do trabalho 860 mil crianças até o final de 2002. Em julho, 810 mil já haviam sido atendidas", diz Silveira. O projeto teve 38,7% de execução em 2000 e 2001.
Outros pontos que ele destaca são o projeto "saúde da família" (42,3% de execução) que, segundo o governo, já cobre 30,4% da população brasileira, contra uma meta de 40% até dezembro de 2003, e a redução da mortalidade infantil, que já ultrapassou a meta final do Avança Brasil de 31 mortes para cada 1.000 nascidos vivos (está em 29,6, de acordo com o censo de 2000).
Silveira reconhece dificuldades na implantação do plano, principalmente na área de transportes, a que mais sofreu com o contingenciamento de verbas, mas diz que não há motivos para considerar sua execução global insatisfatória.
Em matéria publicada no último dia 2, a Folha mostrou que a crise havia levado o governo federal a reduzir o grupo de projetos considerados prioritários. Na quinta-feira, o Ministério do Planejamento anunciou a liberação de recursos no valor de R$ 420 milhões para os projetos estratégicos, com prioridade para a área de transporte. (RB)


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