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Dirceu promete "compensações" a Estados pobres
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro José Dirceu
(Casa Civil) afirmou ontem
que devem ser criadas
"compensações" para os Estados menos desenvolvidos
que reclamaram dos ganhos
de São Paulo e do Rio de Janeiro na reforma tributária.
"Goiás, por exemplo, perde muito com o fim dos incentivos. Mas, se queremos
acabar com a guerra fiscal,
precisamos acabar [com os
benefícios]. Vamos ver uma
maneira de compensar o Estado que perde muito", disse
Dirceu. Ele citou como
exemplo, no caso de Goiás,
uma compensação por meio
da Agência de Desenvolvimento do Centro-Oeste.
Alguns Estados do Centro-Oeste e do Nordeste, principalmente a Bahia, têm pedido alterações no texto justamente na parte que trata do
período de transição para o
fim dos benefícios fiscais.
Querem excetuar as empresas que recebem hoje benefícios fiscais do período de
transição, que jogará para os
Estados de destino dos produtos parte da arrecadação
do ICMS que fica atualmente com os Estados de origem.
A preocupação da Bahia é
evitar a perda de arrecadação que o Estado teria em relação à venda de carros produzidos pela fábrica da Ford.
Reclamam também da entrada de bens de capital no
fundo de compensação pela
desoneração das exportações, o que destinará um pedaço maior dos recursos para São Paulo em detrimento
dos Estados mais pobres.
Dirceu afirmou que a reforma será discutida por
mais 60 dias até a sua aprovação em segundo turno no
Senado, o que permitirá alterações no texto. O governo já
manifestou sua intenção de
jogar para o Senado as discussões mais polêmicas.
Segundo Dirceu, o governo vai propor as reformas
política e do Judiciário, além
de, até o final do ano, terminar o marco regulatório do
setor elétrico.
(JULIA DUAILIBI)
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