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Para ouvidora,
mortes não são
conflito agrário
DA AGÊNCIA FOLHA
A ouvidora agrária nacional substituta, Maria de Oliveira, 52, disse ontem que as
mortes no sul do Pará não
têm nenhuma ligação com a
política de reforma agrária
do governo, ao contrário do
que afirmou o presidente do
STF, Maurício Corrêa.
"Na realidade, o que está
acontecendo lá tem a ver
com o tráfico de armas, que
não começa por lá, com o
tráfico de drogas, que não
começa por lá, e com o tráfico de influência, que também não começa por lá. Isso
são consequências. O Brasil
tem, sim, de fazer o desarmamento e a vigilância de
suas fronteiras", declarou.
Para a ouvidora, os assassinatos também se devem à
atuação de grileiros: "Precisamos combater a grilagem
de terras e a fortíssima questão do roubo das madeiras".
Segundo ela, as mortes em
São Félix do Xingu (PA) não
serão incluídas no balanço
da Ouvidoria Agrária sobre
conflitos no campo: "Concluímos que não é um crise
ligada à reforma agrária".
(EDUARDO SCOLESE)
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