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Ministro diz que
sucesso externo
de Lula incomoda
DE NOVA YORK
Sem citar nomes, organizações ou setores da sociedade, o
ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim,
afirmou que se "surpreende,
para falar a verdade" que o que
vê como a liderança mundial
do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva "não seja captada".
"Como diria Tom Jobim, fazer sucesso, ainda mais no exterior, incomoda. E quando é
um torneio mecânico sem um
dedo, incomoda muito mais",
disse o ministro, quando fazia
um balanço da participação de
Lula na Assembléia Geral das
Nações Unidas, a maior reunião na história dos 60 anos da
entidade, com a presença de
cerca de 170 líderes.
Para provar seu ponto, Amorim citou o fato de o "New York
Times" ter citado Lula em seu
texto sobre George W. Bush,
quando havia mais de dez líderes e o jornal mencionou apenas quatro -Lula, Vladimir
Putin (Rússia), Hu Jintao (China) e Gloria Macapagal Arroyo
(Filipinas). A menção, no 20º
parágrafo de um texto de 23, foi
sobre os presidentes ao redor
do norte-americano.
Questionado sobre quem
não capta a liderança, Amorim
não respondeu. Para o ministro, o país jamais teve uma liderança mundial, e isso ocorre
agora com Lula. "O presidente
vem aqui, convoca uma reunião, e mais de 60 líderes o
apóiam", afirmou o chanceler,
sobre o programa mundial de
combate à fome proposto pelo
brasileiro no ano passado.
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