São Paulo, quarta-feira, 16 de outubro de 2002

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OUTRO LADO

Gerente de fazenda diz que acusações são "distorcidas"

DA AGÊNCIA FOLHA

A gerência da fazenda Senor, de Dom Eliseu (PA), não quis se pronunciar sobre a acusação de manter trabalhadores, inclusive crianças, sem pagamento por quatro meses.
Localizado, por telefone, na sede da fazenda, o gerente Valdemir Gonçalves de Oliveira disse que só daria esclarecimentos sobre o assunto pessoalmente.
Ele chegou a negar a acusação, mas não quis entrar em detalhes. "São informações totalmente distorcidas. No momento, não tem como eu explicar por telefone, não."
Sobre a suposta falta de pagamento, ele disse: "Não, não, isso é fora de cogitação".
O diretor no Brasil da Sipef, empresa de capital belga que tem participação na Senor, Joost Smit, chegou anteontem ao local para atender aos agentes da Polícia Federal e aos fiscais do Ministério do Trabalho que estão fazendo a vistoria da propriedade.
Na sede da fazenda, a reportagem recebeu a informação de que ele havia saído e não poderia ser localizado, pois não possui telefone celular.
Segundo a ONG Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia, autora da denúncia contra a Senor, a gerência da fazenda alegou que havia feito um acordo por safra com os peões, o que dispensaria que um contrato regular de trabalho fosse firmado. (MA)


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