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OUTRO LADO
Coteminas contesta ação lesiva
DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO
A Coteminas enviou à reportagem esclarecimentos prestados
ao Ministério Público Federal em
2000 sobre a oferta pública de
ações da empresa. A empresa afirmou à Folha que foram enviadas
aos procuradores mais de mil páginas de documentos com explicações que foram consideradas
pertinentes e satisfatórias. E desde
então, segundo a Coteminas, não
houve mais questionamentos.
Segundo o documento da empresa recebido pela Folha, as
ações foram lançadas em 1997 e
serviram para a expansão das atividades industriais e comerciais
da companhia. Grandes bancos,
escritórios de advocacia e empresas de consultoria estiveram envolvidos na emissão.
"A Coteminas e seus controladores não atuam no mercado de
ações como especuladores, comprando e vendendo suas ações,
para auferir lucro. A única influência que exercem sobre o preço da ação negociada em Bolsa de
Valores é o trabalho diuturno na
obtenção de lucros para a companhia e, conseqüentemente, para
todos os seus acionistas", diz o
texto da companhia têxtil.
"Não se pode falar que os
fundos de pensão (Previ, Petros e
Funcef) tomaram prejuízo com a
subscrição de ações da Coteminas. Primeiro, ao que sabemos,
nenhum fundo vendeu as ações
que subscreveu, para que se realizasse prejuízo, e depois porque
normalmente os fundos de pensão não compram ações com objetivo de especular com elas no
curto e médio prazo", completou
a Coteminas.
A CVM (Comissão de Valores
Mobiliários) informou à Folha,
por meio de sua assessoria, que o
órgão já atendeu a requisição do
próprio TCU (Tribunal de Contas
da União). Disse ainda que "em
sendo requisitadas novas informações, esta Comissão estará
pronta para, respeitados os limites da sua competência legal em
relação ao assunto, prestar todas
as informações adicionais que se
mostrem necessárias".
A SPC (Secretaria de Previdência Complementar) e o Banco
Central não se manifestaram.
A Folha procurou os fundos de
pensão citados pelo processo do
TCU na sexta-feira. Previ (do
Banco do Brasil), Petros (da Petrobras) e Funcef (Da Caixa Econômica Federal) informaram que
também não iriam se manifestar
sobre o assunto. Alegaram que
não haveria tempo hábil para levantar as informações.
Petros e Funcef informaram
que pretendem atender a demanda "dentro de um prazo justo".
Por meio de sua assessoria, explicaram que, por conta do Dia do
Previdenciário, grande parte dos
fundos de pensão não teve expediente na sexta-feira, o que dificultava o acesso às informações.
A Folha não conseguiu entrar em contato com o Centrus
(do BC), tendo enviado a solicitação de entrevista por email.
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