da Agência Folha, em Belém

O presidente da seção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Redenção (sul do Pará), Vander José de Souza, permitiu que o traficante colombiano Joaquim Jimenez usasse seu escritório para negociar remessa ilegal de dinheiro para o Brasil. A informação consta de relatório enviado pelo próprio Souza à PF.
Souza é citado por Jimenez como um dos brasileiros que atuam como "laranjas" do narcotráfico no país. Para a PF, o colombiano disse que foi transferido para a conta do advogado no HSBC, em Belém, US$ 1,68 milhão.
Souza disse à Agência Folha que não é cliente do HSBC, mas reconheceu que ofereceu sua conta no Bradesco para que Jimenez recebesse algum dinheiro, cuja transferência não teria ocorrido.
O colombiano teria se apresentado com o nome falso de Antonio Carlos Dumont Paris e se dizia representante de uma empresa de agropecuária dos EUA.
Souza disse que não desconfiou de Jimenez. Depois, obteve relatos de uma festa em que o colombiano, bêbado, teria confessado sua ligação com o narcotráfico.
Jimenez, em seguida, afirmou o advogado, teria fugido de Redenção, roubando-lhe o carro. O veículo foi encontrado cerca de 15 dias depois em Carolina (MA).



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