DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

A CPT (Comissão Pastoral da Terra) inicia hoje, às 21h, uma manifestação que deve durar 12 horas contra a situação em que se encontram as 3.600 pessoas que moram na área -desapropriada por decreto, há 22 anos- onde foi construída a base aeroespacial de Alcântara, no Maranhão.
Cerca de 5.000 pessoas são esperadas no evento, que também tem como objetivo protestar contra o acordo que permite o uso da base pelos EUA e restringe o acesso dos brasileiros ao local.
Os manifestantes farão uma vigília na praça central de Alcântara e, amanhã, seguirão em romaria até a entrada do centro tecnológico da base, a cerca de 3 quilômetros das instalações principais.
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) confirmou participação e anunciou que enviaria cerca de 300 representantes ao evento.
O movimento considera que o acordo envolvendo a base de Alcântara "fere a soberania nacional" e espera que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo menos modifique seus termos após assumir o governo.
O acordo permite que os EUA utilizem a base para o lançamento de satélites ou foguetes, mas impede a troca de tecnologia entre os dois países. O Brasil fica impedido ainda de ter acesso a algumas áreas da instalação.


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