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NOVA ACUSAÇÃO
Deputado da comissão é acusado de falsificar dólares
CPI investiga denúncia contra mais um de seus integrantes
da Sucursal de Brasília
Um dia depois de ter aprovado investigação sobre o deputado Wanderley Martins (PDT-RJ), a CPI do Narcotráfico decidiu investigar outro de seus integrantes, o deputado Silas Câmara (PTB-AM), acusado de
falsificar dólares.
"Precisamos ter cuidado para
evitar que não nos detonemos",
disse o presidente da CPI, deputado Magno Malta (PTB-ES).
"Isso pode ser uma estratégia
dos traficantes para tentar desmoralizar a CPI", afirmou.
Malta se referiu ao fato de que
as denúncias contra Martins e
Câmara terem sido levantadas
por outros membros da comissão, respectivamente os deputados Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) e Fernando Ferro (PT-PE).
Ferro relatou que a denúncia
contra Câmara foi apresentada
por meio da Internet pelo deputado estadual Eliúde Bacelar
(PRN-AM). Ele pediu o afastamento do deputado acusado,
que não foi encontrado ontem
pela Folha.
Segundo a denúncia, em junho de 1989, o então juiz federal
do Acre Pedro Paulo Castelo
Branco Coelho determinou a
prisão do deputado amazonense. Bacelar diz que Câmara foi
preso pela PF do Amazonas na
casa do traficante Geovildo Farias Zau, juntamente com o colombiano Luis Ramirez. Na ocasião, foram encontrados US$ 50
mil em notas falsas.
O presidente da CPI anunciou
que irá abrir seus extratos bancários, além dos de assessores e
familiares, para evitar ser atingido por acusações semelhantes.
Malta pediu informações à PF
sobre a denúncia contra Martins. A CPI criou uma subcomissão para apurar o suposto
envolvimento de Martins com o
traficante Walter Gomes de
Carvalho Filho, preso domingo.
Martins nega a acusação.
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