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Martins nega ligação com doleiro
da Sucursal do Rio
O deputado federal Wanderley Martins (PDT-RJ), da CPI do
Narcotráfico, é investigado sob
acusação de corrupção passiva
num inquérito em que já foi
comprovado um depósito equivalente a US$ 2.500 (cerca de R$
5.000) em sua conta bancária.
Extratos comprovam que o
dinheiro -10 milhões de cruzeiros, à época- foi depositado
na conta do deputado em 14 de
julho de 1992 pela Elistur Agência de Viagens e Turismo.
O dono da agência, o doleiro
libanês Elias Mikhael Kanaan, é
investigado num outro inquérito por suposto contrabando de
armas e lavagem de dinheiro.
Na agência foi apreendida
uma agenda com nomes de várias pessoas que teriam recebido
dinheiro de Kanaan, entre elas
Martins e outros policiais federais. À época, o deputado ainda
era delegado da Polícia Federal.
A investigação começou em
1995 e apontou o depósito em
sua conta bancária.
Martins confirmou à Folha o
depósito feito em 1992. Segundo
ele, o dinheiro foi obtido por intermédio de Aloísio Borba.
Martins disse que pediu a Borba
que lhe emprestasse dólares e
conseguisse alguém para trocá-los. A operação foi feita, e a Elistur efetuou o depósito na conta
de Martins. O deputado afirmou que não conhecia Kanaan.
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