São Paulo, Quinta-feira, 16 de Dezembro de 1999


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Martins nega ligação com doleiro

da Sucursal do Rio

O deputado federal Wanderley Martins (PDT-RJ), da CPI do Narcotráfico, é investigado sob acusação de corrupção passiva num inquérito em que já foi comprovado um depósito equivalente a US$ 2.500 (cerca de R$ 5.000) em sua conta bancária.
Extratos comprovam que o dinheiro -10 milhões de cruzeiros, à época- foi depositado na conta do deputado em 14 de julho de 1992 pela Elistur Agência de Viagens e Turismo.
O dono da agência, o doleiro libanês Elias Mikhael Kanaan, é investigado num outro inquérito por suposto contrabando de armas e lavagem de dinheiro.
Na agência foi apreendida uma agenda com nomes de várias pessoas que teriam recebido dinheiro de Kanaan, entre elas Martins e outros policiais federais. À época, o deputado ainda era delegado da Polícia Federal.
A investigação começou em 1995 e apontou o depósito em sua conta bancária.
Martins confirmou à Folha o depósito feito em 1992. Segundo ele, o dinheiro foi obtido por intermédio de Aloísio Borba. Martins disse que pediu a Borba que lhe emprestasse dólares e conseguisse alguém para trocá-los. A operação foi feita, e a Elistur efetuou o depósito na conta de Martins. O deputado afirmou que não conhecia Kanaan.


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