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Justiça pode libertar seis militantes do MST
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Os seis militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra que entraram ontem no segundo dia de greve de fome na penitenciária de Itapetininga (SP)
talvez possam esperar o julgamento do recurso em liberdade.
Eles estão presos há um ano.
Cumprem penas que variam de 8
anos a 10 anos por depredar o pedágio de Boituva (SP), em novembro de 1999. A possibilidade de libertação foi apontada pelo presidente do Tribunal de Justiça de
São Paulo, o desembargador Márcio Martins Bonilha, em reunião
realizada ontem com dirigentes
estaduais do MST e os atores Angelo Antonio e Letícia Sabatella.
Segundo Antonio, o presidente
do TJ disse que não seria possível
antecipar o julgamento do recurso, previsto para fevereiro, mas
uma apelação à juíza Ana Cristina
Paz Neri, de Boituva, que julgou o
caso em primeira instância, poderia resultar na liberdade dos militantes. Caso a juíza se negue a
conceder a liberdade provisória, o
MST vai entrar com pedido de habeas corpus para os presos.
No recurso a ser julgado no TJ,
os advogados do MST alegaram
que a condenação é política porque não há provas contra os réus.
O procurador de Justiça José Ricardo Peirão Rodrigues concordou com os argumentos e pleiteou em seu parecer a absolvição
dos acusados dos crimes de roubo
e incêndio por falta de provas.
Rodrigues afirmou que os réus
devem ser soltos porque já cumpriram a pena estabelecida pelo
crime de dano, único em que há
provas para condená-los.
Edmar Pereira dos Santos, Valquimar Reis Fernandes, Rosalino
Bispo de Oliveira, Odair Morais
da Rosa, Elvis Ferreira Lima e Benedito Ismael Alves estão recusando todas as refeições desde
quinta-feira. Ontem, eles foram
transferidos para a enfermaria da
penitenciária, onde vão ficar sob
os cuidados de médicos e enfermeiras . Segundo o diretor da cadeia, Élio Silvagni Filho, a medida
visa resguardar a saúde dos presos, que segundo ele têm excelente comportamento.
(ELIANE SILVA)
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