LEONARDO WERNER
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Uma estátua de um trabalhador que hoje está na cidade de Muriaé, sudeste mineiro, terra do vice-presidente eleito, José Alencar, está sendo alvo de uma disputa. Enquanto um grupo de petistas quer levá-la para Brasília, para o dia da posse de Luiz Inácio Lula da Silva, o prefeito local não admite tal possibilidade.
O interesse para levar a estátua foi confirmado pelo Partido dos Trabalhadores, que estaria analisando os métodos para levá-la até Brasília. O presidente eleito teria simpatizado com a obra, que mostra um trabalhador sem camisa segurando uma picareta.
A disposição petista, no entanto, contraria o prefeito de Muriaé, Odilon Carvalho (PMDB). Ele se recusa a aceitar a hipótese de "O Gigante Dourado", como é chamada a estátua, deixar a Praça do Trabalhador, em Muriaé.
"Se o presidente quiser ver a estátua, ele deverá vir aqui e trazer recursos para a nossa região", disse. "A estátua não vai ao presidente. O presidente deve vir até a estátua", ressaltou Carvalho. O prefeito peemedebista afirmou também que não foi procurado para conversar sobre o assunto.
A escultura, do artista plástico Sérgio Gomes, foi construída em 1986, em homenagem ao centenário do Dia do Trabalhador.
Ela pesa cinco toneladas, o que é relativamente pouco, levando-se em conta as proporções da obra, disse o artista plástico. Além disso, poderia ser desmontada, para facilitar o transporte.
Gomes diz já ter sido procurado por representantes do PT para tratar do envio da estátua a Brasília. Afirma ainda que se sentiria honrado de ter sua obra na posse de Lula. O partido estuda a viabilidade e os custos do transporte.


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