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CANDIDATOS
Para Renan, PMDB está na
mesma direção
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Embora não tenha conseguido
a indicação pela bancada do
PMDB para presidir o Senado,
Renan Calheiros tornou-se o novo interlocutor do partido junto
ao governo. Ele insiste que sua
candidatura está mantida e que,
no cargo, ajudará a aprovar as reformas.
(RAYMUNDO COSTA e RAQUEL ULHÔA)
Folha - O senhor queria a indicação do candidato hoje. O que deu
errado?
Renan Calheiros - A reunião demostrou inequivocamente que a
maioria do partido está afinada
na mesma direção. Conseguiu
quórum para deliberar.
Como líder da bancada, alguém
que tem mais responsabilidades
do que as responsabilidades da
própria candidatura à presidência
do Senado, resolvi atender o apelo
para não deliberarmos hoje.
Folha - É uma derrota?
Renan - É um gesto pela paz, pela concórdia e pela coesão, que
devem ser colocados acima de
qualquer questão de interesse
pessoal. Mantivemos a maioria
intacta e mostramos que tínhamos quórum para deliberar.
Nosso compromisso é com a
concórdia, não queremos confronto, seria um ato radical.
Folha - E agora?
Renan - Continuará tendo uma
relação institucional, vamos reabrir todas as conversas.
A minha candidatura, como
conseqüência do desejo da vontade da maioria do partido, está
preservada.
Folha - A interferência do governo foi legítima?
Renan - Se há interferência, há
também equívocos. O nosso campo de convergência é muito maior
do que o campo de convergência
do outro candidato.
Folha - Sua candidatura é de oposição ao governo?
Renan - Entendo que o papel do
Senado será um papel preponderante. Nós precisamos ajudar o
país, colaborar com o novo governo, aprovar as reformas, manter a
estabilidade econômica e avançar
no rumo da erradicação da fome e
da miséria.
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