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Sarney diz que
unirá partido
sem "traumas"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador José Sarney assumiu
o discurso de vitorioso após a reunião da bancada do PMDB, acenando com gestos de conciliação
ao grupo de Renan Calheiros.
Afirma que vai buscar a unidade
do partido em torno do seu nome,
sem que fiquem "traumas".
Folha- O senhor havia previsto
falta de quórum, mas a reunião foi
realizada. Foi uma vitória parcial?
José Sarney - Deu tudo certo. O
que queríamos era adiar a escolha
do candidato. A realização da reunião foi uma saída para não esmagar o partido.
Folha - E agora?
Sarney - A próxima etapa é construir a unidade do partido em torno do meu nome, sem nenhum
desgaste ao líder Renan Calheiros,
ao qual ninguém tem restrições.
No dia 31 não vai ter confrontação. Vamos buscar consenso em
torno do meu nome.
Folha- A interferência do governo foi legítima?
Sarney - Ninguém poderia jamais pensar que, entre um candidato que apoiou o presidente Lula
e acreditou no seu programa de
governo e outro candidato qualquer, a simpatia do governo ficasse com o outro. Ficaria mal para o
próprio PT.
Folha - A partir de agora, como o
senhor vai buscar a unidade ""sem
traumas", como diz?
Sarney - Todo mundo sabe que
tenho temperamento conciliador.
Já procurei todos os senadores da
bancada. O resultado da reunião
de ontem mostrou que há um
sentimento na bancada de consenso em torno do meu nome. No
plenário, não tenho conhecimento de nenhum senador que tenha
restrição ao meu nome.
Folha - Alguns setores falam em
um candidato de conciliação.
Sarney - Não há mais espaço para isso. Minha candidatura foi
lançada para ajudar o país. Se eu
admitisse retirá-la, estaria mostrando que fui movido por interesse simplesmente pessoal,
quando, na verdade, é um gesto
político de apoio ao presidente
Lula e de acreditar que eu posso
ajudar o Senado.
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