São Paulo, domingo, 17 de fevereiro de 2002

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Roseana recebeu o Estado em piores condições do que as duas dinastias vizinhas

Maranhão vai pior que a Bahia de ACM e o Ceará de Tasso e Ciro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para efeito de comparação, a Folha coletou os indicadores socioeconômicos de dois outros Estados nordestinos, além do Maranhão, que também convivem com um grupo homogêneo no poder há mais de dez anos: Bahia e Ceará. Ambos apresentam melhores resultados do que os conquistados pela governadora maranhense, Roseana Sarney (PFL).
É fácil observar na tabela ao lado que Roseana recebeu um Estado em piores condições do que seus congêneres na Bahia, governada por Antonio Carlos Magalhães e aliados desde 91, e no Ceará, onde Tasso Jereissati impera desde 87, com o apoio de Ciro Gomes, governador de 91 a 94.
De 15 indicadores selecionados pela Folha, o Maranhão era pior do que o Nordeste em todos quando Roseana assumiu, em 1995. No Ceará, apenas nove eram piores na posse de Tasso. Na Bahia, ACM recebeu o Estado com quatro itens abaixo da média.
Hoje, sete anos depois, Roseana apresenta o Maranhão com apenas um indicador igual à média nordestina (mortalidade infantil). Um outro, o crescimento do PIB, foi melhor no último ano para o qual há dados disponíveis (1999), mas na soma do período também ficou atrás do Nordeste.
A melhor forma de medir o desempenho da governadora doMaranhão em comparação comseus colegas de Bahia e Ceará é verificar como Roseana se saiu em relação à média nordestina para os indicadores mais importantes.
No caso de sete indicadores para os quais o Estado tem responsabilidade direta, o Maranhão teve com Roseana um desempenho acima da média do Nordeste só em dois. Na Bahia, no período de ACM, o governo local foi melhor que a média nordestina em três indicadores e igualou-se em outro. No Ceará, o placar foi 4 a 3.
Ou seja, em seus mandatos e períodos de influência, ACM e Tasso apresentaram desempenhos superiores aos de Roseana, sobretudo nos indicadores sob influência direta da ação de governo.
Não que Bahia e Ceará estejam em situação confortável. São Estados que ainda continuam com médias abaixo da nacional e da do Nordeste em alguns casos. Mas é correto dizer que foram, nos últimos anos, pelo menos, bem menos piores do que o Maranhão.
No caso da Bahia, chama a atenção o avanço maior do que o Nordeste durante a gestão carlista nos indicadores esgoto, mortalidade infantil e analfabetismo nas populações acima de cinco e de 15 anos. No Ceará, de 15 indicadores, o Estado teve uma melhora acima da média do Nordeste em 11 itens durante os anos de Tasso. É o desempenho mais positivo entre os Estados pesquisados. (FR)



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