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Roseana recebeu o Estado em piores condições do que as duas dinastias vizinhas
Maranhão vai pior que a Bahia de ACM e o Ceará de Tasso e Ciro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para efeito de comparação, a
Folha coletou os indicadores socioeconômicos de dois outros Estados nordestinos, além do Maranhão, que também convivem
com um grupo homogêneo no
poder há mais de dez anos: Bahia
e Ceará. Ambos apresentam melhores resultados do que os conquistados pela governadora maranhense, Roseana Sarney (PFL).
É fácil observar na tabela ao lado que Roseana recebeu um Estado em piores condições do que
seus congêneres na Bahia, governada por Antonio Carlos Magalhães e aliados desde 91, e no Ceará, onde Tasso Jereissati impera
desde 87, com o apoio de Ciro Gomes, governador de 91 a 94.
De 15 indicadores selecionados
pela Folha, o Maranhão era pior
do que o Nordeste em todos
quando Roseana assumiu, em
1995. No Ceará, apenas nove eram
piores na posse de Tasso. Na Bahia, ACM recebeu o Estado com
quatro itens abaixo da média.
Hoje, sete anos depois, Roseana
apresenta o Maranhão com apenas um indicador igual à média
nordestina (mortalidade infantil).
Um outro, o crescimento do PIB,
foi melhor no último ano para o
qual há dados disponíveis (1999),
mas na soma do período também
ficou atrás do Nordeste.
A melhor forma de medir o desempenho da governadora doMaranhão em comparação comseus colegas de Bahia e Ceará é verificar como Roseana se saiu em
relação à média nordestina para
os indicadores mais importantes.
No caso de sete indicadores para os quais o Estado tem responsabilidade direta, o Maranhão teve com Roseana um desempenho
acima da média do Nordeste só
em dois. Na Bahia, no período de
ACM, o governo local foi melhor
que a média nordestina em três
indicadores e igualou-se em outro. No Ceará, o placar foi 4 a 3.
Ou seja, em seus mandatos e períodos de influência, ACM e Tasso
apresentaram desempenhos superiores aos de Roseana, sobretudo nos indicadores sob influência
direta da ação de governo.
Não que Bahia e Ceará estejam
em situação confortável. São Estados que ainda continuam com
médias abaixo da nacional e da do
Nordeste em alguns casos. Mas é
correto dizer que foram, nos últimos anos, pelo menos, bem menos piores do que o Maranhão.
No caso da Bahia, chama a atenção o avanço maior do que o Nordeste durante a gestão carlista nos
indicadores esgoto, mortalidade
infantil e analfabetismo nas populações acima de cinco e de 15 anos.
No Ceará, de 15 indicadores, o Estado teve uma melhora acima da
média do Nordeste em 11 itens
durante os anos de Tasso. É o desempenho mais positivo entre os
Estados pesquisados.
(FR)
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