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Oposição diz que
derrota foi do PT
e do governo Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A oposição rebateu ontem no
Senado a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que
a eleição do deputado Severino
Cavalcanti (PP-PE) para a presidência da Câmara não foi uma
derrota do governo, e sim do PT.
"Foi derrotado tanto o PT quanto o presidente da República. Em
uma eleição importante como essa o presidente vai para a Venezuela", disse o senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA).
Todos os discursos apontaram a
falta de representatividade dos
partidos e a fraqueza das lideranças políticas na Câmara: "O que se
processou ali foi o desmanche de
partidos, de lideranças, de conceitos", disse o líder da minoria, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).
O troca-troca partidário também foi criticado pelos senadores:
"Tentaram transformar a Câmara
em uma espécie de motel. Vimos
deputado ficando em partido por
seis horas, uma tarde, algo como
uma rapidinha. E ainda assim o
governo perdeu", disse o líder do
PSDB, Arthur Virgílio (AM).
Quadro de alianças
Por parte do governo, o ministro da Educação, Tarso Genro,
avaliou ontem, no Suriname, que
a derrota do PT na eleição para a
presidência da Câmara se deu
porque o partido estava muito
voltado para questões internas e
não para um outro quadro de
alianças que se afigurava. Para ele,
o presidente do PT, José Genoino,
tem de fazer um debate com a
bancada e o Diretório Nacional.
"Olhando a conjuntura política
mais como membro do partido e
menos como membro de um partido no governo", afirmou.
Genro, que é um dos principais
teóricos do PT e membro do Diretório Nacional, fez questão de dizer que falava como petista e não
como integrante do governo.
Tarso Genro isentou de culpa o
deputado Virgílio Guimarães
(MG), que insistiu em sua candidatura avulsa.
Colaborou CHICO DE GOIS, enviado especial ao Suriname
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