São Paulo, sábado, 17 de fevereiro de 2007

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Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Saco de bondades

Arlindo Chinaglia (PT-SP) se reuniu com um grupo mais próximo de deputados na quinta-feira à noite para dividir as cobiçadas relatorias e presidências de comissões dos projetos do PAC. As quatro novas comissões para analisar os projetos de lei do pacote de crescimento de Lula serão: salário mínimo, limite de gastos de pessoal, meio ambiente e licitações.
A última, que analisará a proposta de mudanças na lei, será chefiada pelo PMDB com relatoria do PT. Arnaldo Madeira (PSDB-SP) será relator de uma das medidas provisórias do programa, e o presidente da CNI, Armando Monteiro (PTB-PE), de outra. A MP que cria o fundo com recursos do FGTS será relatada pelo PMDB -até ontem, não havia nome definido.

Chamego. A divisão das relatorias das sete medidas provisórias do PAC ficará assim: duas para o PMDB, uma para o PSDB, uma para o PFL, uma para o PT, uma para o PTB e uma para o PR.

Confusão 1. Vem aí mais encrenca no PSDB. Num acordo que passou pelos governadores peemedebistas Paulo Hartung (ES) e Sérgio Cabral (RJ) e que teve o aval de Chinaglia, o ex-prefeito de Vitória e deputado novato Luiz Paulo Velozzo Lucas ocupará a presidência da Comissão do Gás, que estuda o projeto de lei sobre o assunto, complementar ao PAC.

Confusão 2. Acontece que outro tucano, o baiano João Almeida, comanda a comissão. Pelo acerto costurado com Chinaglia, a presidência mudaria, já que foi constituída na legislatura passada. Rio e Espírito Santo querem ficar com a vaga, pois concentram a produção nacional de gás.

Tá mandando. José Borba (PMDB-PR), que renunciou ao mandato para escapar da cassação na esteira do mensalão, participou ativamente da reunião para distribuir as presidências de comissões e relatorias do PAC.

Em família. O governador Aécio Neves (MG) participa hoje do galo da Madrugada em Recife, a convite do colega Eduardo Campos (PE), e depois segue para quatro dias em Fernando de Noronha com a filha, Gabriela, e a ex-mulher, Andréa Falcão, com quem ensaia reconciliação.

Refúgio. Já Paulo Hartung recusou o convite para a folia dos governadores e preferiu prestigiar o próprio Estado. Vai subir a serra capixaba para uma imersão de leitura em Pedra Azul, onde não se ouve nem murmúrio de samba.

Na mira 1. O Ministério Público Estadual enviou ofício ao Metrô de São Paulo pedindo explicações sobre a contratação do escritório de Miguel Reale Júnior para defender os diretores da empresa em ações criminais motivadas pelo acidente da linha 4.

Na mira 2. Para o promotor Saad Mazloum, o uso de dinheiro público para o pagamento de advogados no âmbito criminal "é inadmissível". Reale foi ministro de FHC e tesoureiro da campanha presidencial de Geraldo Alckmin.

Só love. Os petistas são só elogios ao secretário da Casa Civil do governo paulista, Aloysio Nunes Ferreira. "Tudo o que pedi até agora foi encaminhado", diz um opositor.

Uso da máquina. O deputado estadual eleito Samuel Moreira (PSDB) coordenou anteontem audiência pública dentro da Subprefeitura de São Miguel Paulista, na zona leste. Moreira comandava esse departamento da administração paulistana até pouco antes da eleição.

Pisando em ovos. Após jantar que selou o apoio do atual presidente da Assembléia paulista, Rodrigo Garcia (PFL), à sua candidatura ao cargo, Vaz de Lima ligou para todos os líderes, incluindo os de oposição. O tucano quer evitar sobressaltos em 15 de março, quando deve ser eleito na esteira de um "acordão".

Tiroteio

"O presidente Lula segurou 62% das verbas de segurança dos brasileiros, mas deu tudo o que Evo Morales pediu para os bolivianos". Do deputado EDSON APARECIDO (PSDB-SP) sobre ao aumento do preço do gás fornecido ao Brasil pela Bolívia.

Contraponto

Credencial

Em 1993, o ex-deputado Waldemar Chubaci assumiu a superintendência da Legião Brasileira de Assistência em São Paulo. Nos primeiros dias, era levado à sede do órgão -extinto em conseqüência de uma série de escândalos, notadamente no governo Collor- pelo amigo Xico Graziano, hoje secretário estadual do Meio Ambiente.
Uma vez adaptado à nova rotina, Chubaci dispensou a carona. Semanas depois, quando Graziano decidiu fazer uma visita ao colega, foi barrado na entrada da LBA por um segurança. Ao ver a cena, outro funcionário veio correndo resgatar aquele rosto conhecido:
-Pode deixar entrar. É o motorista do doutor Chubaci.


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