DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

As freqüentes críticas que o governo Lula tem sofrido de seus aliados (PT, PMDB e da cúpula do PL) levou o PFL a dizer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está "perdido" e "sem comando".
Boa parte do staff do PFL, reunido ontem em Belo Horizonte para homenagear o deputado morto Luís Eduardo Magalhães (1955-1998), considera o governo "extremamente fragilizado" diante do caso Waldomiro Diniz, conforme disse José Agripino Maia (RN), líder do partido no Senado.
O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse que "há um desatino no governo". E o líder do partido na Câmara, José Carlos Aleluia (BA), afirmou que "o governo está com um sério problema de comando".
"Os aliados estão batendo cabeça. Não basta abafar CPI. É preciso que os aliados se reúnam e não permitam que o presidente fique perdido. O que está havendo é isso", disse Bornhausen. Para ele, o governo perdeu a força de 2003.
A saída de cena do ministro José Dirceu (Casa Civil), atingido pela denúncias contra seu ex-assessor Waldomiro Diniz, é, para esses pefelistas, uma causa da rebeldia dos aliados. "O país estava sendo, de certa forma, comandado pelo Dirceu. Atingido pela denúncia contra seu braço direito, envolvido com propinas, ele se afastou. E, agora, o caos", afirmou Aleluia.
No evento na Assembléia de Minas, com oito senadores e pelo menos 13 deputados federais do PFL, só o senador Antônio Carlos Magalhães (BA) e seus aliados (minoria no partido) destoaram.
Bornhausen e ACM, que apóia o governo, trocaram farpas. O primeiro disse: "Quem ganha eleição governa. Quem perde é oposição. Quem adere não merece consideração". Informado, ACM respondeu: "Ele não deve ter dito para mim, porque me respeita". (PP)

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