São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 2002

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Estudantes indecisos são apenas 1%, diz pesquisa

DA REPORTAGEM LOCAL

A menos de cinco meses do primeiro turno, os jovens que se preparam para dar o primeiro voto num candidato presidencial se consideram de cabeça feita.
Pelo menos, apenas 1% deles declara não saber em quem votar, segundo o Datafolha. Na população em geral, a porcentagem de indecisos é quatro vezes maior.
O PT leva nítida vantagem. "O Lula é um grande homem e percebo nele a intenção de realmente melhorar o país", afirma Letícia Casado, 18, estudante de jornalismo do Mackenzie, em São Paulo. Ela se diz influenciada pela opinião política da família.
Felipe Reis, 17, também vota no PT. "É uma esperança no investimento social", afirmou o estudante, que se prepara para prestar vestibular para história. Ao contrário de Letícia, Felipe acabou influenciando o voto da família.
O candidato tucano, José Serra, obteve 15% da intenção de voto entre os jovens de 16 a 20 anos, um pouco menos do que os 17% apurados entre os entrevistados de todas as idades.
Num eventual segundo turno entre Lula e Serra, o tucano perderia, entre os eleitores teens, pela mesma margem de votos dos eleitores de todas as idades.
Um dos estudantes que devem votar nele é Carla de Andrade, 19, que se prepara para entrar no curso de administração. Ela ainda não se definiu, mas tem forte rejeição a Lula. "Votaria no Serra por eliminação, ou talvez pelas idéias do partido", afirmou, demonstrando pouco entusiasmo pelo candidato. Para ela, a eleição não é um assunto dominante entre os colegas. Sua inclinação é influenciada pela opinião em casa.
No Rio, o estudante Leandro Guimarães de Oliveira, 17, que votará pela primeira vez neste ano, já tem na ponta da língua o nome do seu candidato a presidente: Anthony Garotinho (PSB). "Hoje, ele encarna um projeto real de mudança para o país", afirmou.
Morador de Niterói (cidade a 15 km do Rio) e aluno de escola pública, Oliveira disse acreditar que o presidenciável poderá diminuir as desigualdades sociais do Brasil, com políticas compensatórias que deram certo no Rio durante seu governo, como o restaurante popular e o Cheque-Cidadão.


Colaborou a Sucursal do Rio



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