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Estudantes indecisos são apenas 1%, diz pesquisa
DA REPORTAGEM LOCAL
A menos de cinco meses do primeiro turno, os jovens que se preparam para dar o primeiro voto
num candidato presidencial se
consideram de cabeça feita.
Pelo menos, apenas 1% deles
declara não saber em quem votar,
segundo o Datafolha. Na população em geral, a porcentagem de
indecisos é quatro vezes maior.
O PT leva nítida vantagem. "O
Lula é um grande homem e percebo nele a intenção de realmente
melhorar o país", afirma Letícia
Casado, 18, estudante de jornalismo do Mackenzie, em São Paulo.
Ela se diz influenciada pela opinião política da família.
Felipe Reis, 17, também vota no
PT. "É uma esperança no investimento social", afirmou o estudante, que se prepara para prestar
vestibular para história. Ao contrário de Letícia, Felipe acabou influenciando o voto da família.
O candidato tucano, José Serra,
obteve 15% da intenção de voto
entre os jovens de 16 a 20 anos,
um pouco menos do que os 17%
apurados entre os entrevistados
de todas as idades.
Num eventual segundo turno
entre Lula e Serra, o tucano perderia, entre os eleitores teens, pela
mesma margem de votos dos eleitores de todas as idades.
Um dos estudantes que devem
votar nele é Carla de Andrade, 19,
que se prepara para entrar no curso de administração. Ela ainda
não se definiu, mas tem forte rejeição a Lula. "Votaria no Serra
por eliminação, ou talvez pelas
idéias do partido", afirmou, demonstrando pouco entusiasmo
pelo candidato. Para ela, a eleição
não é um assunto dominante entre os colegas. Sua inclinação é influenciada pela opinião em casa.
No Rio, o estudante Leandro
Guimarães de Oliveira, 17, que votará pela primeira vez neste ano,
já tem na ponta da língua o nome
do seu candidato a presidente:
Anthony Garotinho (PSB). "Hoje,
ele encarna um projeto real de
mudança para o país", afirmou.
Morador de Niterói (cidade a 15
km do Rio) e aluno de escola pública, Oliveira disse acreditar que
o presidenciável poderá diminuir
as desigualdades sociais do Brasil,
com políticas compensatórias
que deram certo no Rio durante
seu governo, como o restaurante
popular e o Cheque-Cidadão.
Colaborou a Sucursal do Rio
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