UOL

São Paulo, terça-feira, 17 de junho de 2003

Próximo Texto | Índice

PAINEL

Pequena mudança
O Planalto começou a consultar governadores sobre a possibilidade de modificar o piso de contribuição de inativos de R$ 1.058 para R$ 2.400. A mudança é defendida por todos os partidos no Congresso.

Fazer barulho
Lula decidiu antecipar uma série de medidas para tentar criar uma agenda positiva. Avalia que, nas duas últimas semanas, aumentaram as críticas ao seu governo e é necessário reagir. Teme perder popularidade.

Imagem é tudo
Nos próximos dias, o Planalto quer divulgar detalhes do "Primeiro Emprego". Ontem, foram lançados a "Agenda do Desenvolvimento" e o fórum permanente de negociação com os servidores. A ordem é mostrar que o governo não está parado.

Armadilha
A equipe econômica avalia que será criticada independentemente do resultado da reunião de amanhã do Copom. Se os juros caírem, o argumento será o de que o BC é sensível às pressões políticas. Se a taxa for mantida, a pressão contra o governo aumentará sensivelmente.

Reduzir o impacto
O Planalto considera ser praticamente impossível evitar a greve dos servidores da educação, da saúde e da Receita. O objetivo maior do governo é tentar evitar a adesão de outros setores do serviço público à paralisação.

Rolo compressor
A greve divide o movimento sindical do funcionalismo público. Boa parte dos sindicatos avalia que, com a alta popularidade de Lula, os servidores serão tratados como vilões e não conseguirão legitimidade para negociar com o governo federal.

Empenho à força
Todo o primeiro escalão do governo do PR deverá bater ponto hoje no lançamento do mapa da pobreza no Estado e de ações para tentar amenizar a situação. Sob o risco de demissão.

Garantir o quórum
O lançamento do mapa da pobreza do PR estava previsto para ontem, mas, como a maioria dos secretários não apareceu, Roberto Requião (PMDB) adiou o evento para as 7h de hoje. E deu um ultimato: quem não aparecer será demitido publicamente.

Sem descanso
Por recomendação médica, Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) tem se exercitado em uma academia. Mas nem lá pode se desligar da política. Seus colegas de ginástica são Tião Viana (PT) e os pefelistas Rodolpho Tourinho e César Borges.

Acredite se quiser
Em reunião com dirigentes do PSB, Anthony Garotinho tentou disfarçar. Disse que não pretende disputar a Presidência em 2006. "Nem penso nisso."

Precedente histórico
Tramita no Senado projeto que concede a primeira indenização por trabalho escravo no país. Se aprovado, José Pereira ganhará R$ 52 mil.

Prêmio social
A UniFMU recebeu do Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome o certificado de parceira do Fome Zero por suas atividades educativas ligadas ao programa. Foi a primeira entidade universitária a obter o atestado.

Polêmica ampliada
Um convite para ouvir o delegado da PF José Francisco de Castilho, que investiga o caso Banestado, causa polêmica na Câmara de SP. O petista Odilon Guedes quer explicações sobre o suposto envolvimento do ex-prefeito Paulo Maluf. O PL está segurando o requerimento.

Visita à Folha
O senador João Capiberibe (PSB-AP) visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de José Roberto da Silva, assessor de imprensa.

TIROTEIO

Do senador Osmar Dias (PDT), sobre o governo Lula:
- O governo está parado. Precisa entender que apenas com as reformas e o Fome Zero não fará a economia girar. Parece brincadeira, mas comemora-se doação de 10 toneladas de alimentos. Será que é assim que se quer resolver o problema social?

CONTRAPONTO

Ilustre desconhecido

O deputado Professor Luizinho (PT-SP), vice-líder do governo na Câmara, concedeu entrevistas no Salão Verde da Casa, na tarde de ontem, sobre a tramitação das reformas previdenciária e tributária.
No meio da conversa com os jornalistas, um eleitor pediu licença e perguntou se alguém conhecia um deputado paulista, pois ele precisava fazer uma denúncia.
Luizinho, que fez toda sua carreira política em Santo André, na Grande São Paulo, perguntou ao eleitor de onde ele era:
-De São Bernardo, no ABC- respondeu.
-Estou mal na fita mesmo- ironizou o deputado.
Os jornalistas olharam entre si com ar de dúvida. Professor Luizinho explicou:
- Ele é de São Bernardo, cidade vizinha à minha, e não me conhece. Preciso fazer mais campanha na minha base...


Próximo Texto: Previdência: "Não há acordo em relação à reforma", afirma Dirceu
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.