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São Paulo, terça-feira, 17 de junho de 2003

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Produtoras cobram R$ 33 mi do PSDB pela campanha de José Serra

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Duas produtoras de vídeo de São Paulo estão cobrando do PSDB uma dívida de R$ 33 milhões que teria sido deixada pela campanha presidencial do candidato tucano na eleição de 2002, José Serra. Atualizada, ela chegaria a R$ 40,1 milhões. O partido não reconhece a dívida.
A Executiva Nacional do PSDB foi notificada extrajudicialmente. É o primeiro passo para a abertura de um processo judicial. O presidente nacional do partido, José Aníbal, considerou a cobrança "um absurdo".
O PSDB admite que Serra deixou um papagaio de campanha de R$ 5,9 milhões, mas que está saldando o débito.
As empresas Computer Graphics Produções Cinematográficas e Intertrade Brasil Ltda. alugaram o estúdio no qual eram gravados os programas de Serra na TV, além de câmaras, e forneceram serviços de satélite.
O valor cobrado agora, que equivale ao custo da campanha vitoriosa de Luiz Inácio Lula da Silva, é superior em R$ 4,5 milhões ao valor que Serra declarou à Justiça Eleitoral haver arrecadado -R$ 28,5 milhões. "Nem Steven Spielberg [cineasta] cobra tanto", ironizou Aníbal.
De acordo com o PSDB, foram assinados dois contratos: um que previa o pagamento de R$ 19,4 milhões caso a campanha arrecadasse os R$ 60 milhões projetados e outro para caso esse valor não fosse atingido, que previa o pagamento de R$ 2,1 milhões. No final, foram pagos R$ 3,1 milhões, pois a campanha pagou outros débitos reclamados pelas empresas.
Segundo o partido, as empresas emitiram notas fiscais referentes ao primeiro contrato e a serviços que não foram reconhecidos como efetivamente prestados.
À Folha, o advogado das empresas disse que pretende entrar logo com as ações em juízo.


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