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Produtoras cobram R$ 33 mi do PSDB pela campanha de José Serra
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Duas produtoras de vídeo de
São Paulo estão cobrando do
PSDB uma dívida de R$ 33 milhões que teria sido deixada pela
campanha presidencial do candidato tucano na eleição de 2002,
José Serra. Atualizada, ela chegaria a R$ 40,1 milhões. O partido
não reconhece a dívida.
A Executiva Nacional do PSDB
foi notificada extrajudicialmente.
É o primeiro passo para a abertura de um processo judicial. O presidente nacional do partido, José
Aníbal, considerou a cobrança
"um absurdo".
O PSDB admite que Serra deixou um papagaio de campanha
de R$ 5,9 milhões, mas que está
saldando o débito.
As empresas Computer Graphics Produções Cinematográficas e Intertrade Brasil Ltda. alugaram o estúdio no qual eram gravados os programas de Serra na
TV, além de câmaras, e forneceram serviços de satélite.
O valor cobrado agora, que
equivale ao custo da campanha
vitoriosa de Luiz Inácio Lula da
Silva, é superior em R$ 4,5 milhões ao valor que Serra declarou
à Justiça Eleitoral haver arrecadado -R$ 28,5 milhões. "Nem Steven Spielberg [cineasta] cobra
tanto", ironizou Aníbal.
De acordo com o PSDB, foram
assinados dois contratos: um que
previa o pagamento de R$ 19,4
milhões caso a campanha arrecadasse os R$ 60 milhões projetados
e outro para caso esse valor não
fosse atingido, que previa o pagamento de R$ 2,1 milhões. No final,
foram pagos R$ 3,1 milhões, pois
a campanha pagou outros débitos
reclamados pelas empresas.
Segundo o partido, as empresas
emitiram notas fiscais referentes
ao primeiro contrato e a serviços
que não foram reconhecidos como efetivamente prestados.
À Folha, o advogado das empresas disse que pretende entrar
logo com as ações em juízo.
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