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CASO BANESTADO
Senado, agora, também diz querer uma CPI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após impedir a investigação no
Senado da remessa ilegal de US$
30 bilhões para o exterior, por
meio de contas CC-5 do Banestado, líderes partidários e o presidente da Casa, José Sarney
(PMDB-AP), mudaram de idéia.
Agora que a Câmara dos Deputados passou à frente e criou uma
CPI com o mesmo objetivo, os senadores querem participar da
apuração do caso.
De acordo com Sarney, se a Câmara não concordar em transformar sua CPI em mista (integrada
por deputados e senadores), o Senado poderá instalar sua própria
comissão, para realizar uma investigação paralela. Ele lembrou
que não seria a primeira vez: há
pouco tempo, Câmara e Senado
criaram duas CPIs diferentes para
investigar supostas irregularidades no futebol brasileiro.
"Esse é um assunto que já amadureceu e o Congresso mostrou o
desejo de investigar", afirmou o
presidente do Senado. O tema será tratado em reunião dos líderes
partidários, que pode ocorrer hoje ou amanhã.
Segundo Sarney, com a criação
da CPI na Câmara "não tem mais
sentido" a decisão dos líderes de
não dar encaminhamento ao requerimento do senador Antero
Paes de Barros (PSDB-MT) para
aguardar a conclusão da investigação da Polícia Federal.
Barros anunciou que irá reapresentar hoje o requerimento criando a CPI do Banestado. Da outra
vez, ele conseguiu 37 assinaturas
-10 a mais do que o número necessário-, mas, por determinação dos líderes, 12 senadores acabaram retirando o apoio. Ele disse
que voltou a ter a quantidade suficiente de assinaturas.
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) foi autora do primeiro requerimento propondo a criação da
uma CPI para apurar a remessa
ilegal de recursos para o exterior
via Banestado. Na ocasião. ela
conseguiu as assinaturas necessárias, mas foi convencida pelos líderes do PT, Tião Viana (AC), e
do governo, Aloizio Mercadante
(PT-SP), a não apresentar o requerimento para instalar a CPI
naquele momento.
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