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Painel
Renata Lo Prete
painel@uol.com.br
Jarbas, a esfinge
Pernambuco é a terra do candidato a vice e do coordenador de campanha de Geraldo Alckmin. O governador Mendonça Filho é do PFL. Jarbas Vasconcelos,
maior líder local, apóia o tucano. Mas a visita de Lula,
ontem, mostrou que, à exceção de José Jorge, ninguém quer briga com o petista no Estado. Mendonça
não só foi ao palanque como elogiou o presidente.
O silêncio de Jarbas incomoda o comando da campanha. O ex-governador não acompanhou o tucano
em nenhuma das suas quatro visitas a Pernambuco.
Também não foi ao lançamento da chapa, em Brasília.
Na segunda, caciques tucano-pefelistas almoçam para tentar acertar os ponteiros. Mas Jarbas já avisou:
não vai bater em Lula durante a campanha.
Ombro a ombro. Eduardo Campos (PSB) e Humberto Costa (PT), candidatos ao
governo de Pernambuco, dividiram o palanque com Lula.
Depois do evento em Olinda,
o presidente quebrou o protocolo e caminhou ao lado do
petista no meio do público.
Pai dos pobres. O roteiro
original da visita previa que
Lula fosse a uma casa de alvenaria. Ele pediu para mudar a
escala para uma palafita numa favela no chamado "Canal
da Malária", em Olinda.
Filé. O datacenter do INSS
lançado por Lula em Recife
será operado pela Datamétrica Consultoria e Pesquisa, de
um irmão do deputado Maurício Rands (PT). O contrato é
de R$ 29 milhões. O parlamentar diz que a empresa
venceu um pregão eletrônico.
Foi Deus. Explicação do
prefeito Cesar Maia para a declaração da prefeita pefelista
de São Gonçalo, Aparecida
Panisset, que "torce" para que
Lula se reeleja no primeiro
turno: como evangélica, ela
reconheceu "biblicamente" a
autoridade do presidente.
Diplomacia. Cristovam
Buarque tentou, na última semana, contornar a rebelião de
candidatos a governador e deputados do PDT contra sua
candidatura. Esteve com Osmar Dias (PR) e expôs as razões para manter-se no páreo.
Desculpa aí. O deputado
Luiz Piauhylino (PE) telefonou para Cristovam antes de
assinar o manifesto das bancadas do partido contra sua
candidatura. Disse que não
era nada "pessoal".
Dono da bola. A despeito
da grita geral, Carlos Lupi
mantém a convenção de segunda-feira. Diz que a candidatura própria terá a maioria
dos quase 500 votos.
Script. Aliados de Joaquim
Roriz acham que o peemedebista só espera a impugnação
da chapa Maurício Corrêa-Abadia pelo TSE para largar o
barco. Dirá que cumpriu acordo com o ex-ministro do STF,
mas ficará livre para apoiar
outro candidato no DF.
À vista. No afã de pagar aos
parlamentares a segunda parcela da convocação extraordinária de janeiro, a Câmara depositou R$ 12,8 mil para 407
deputados antes mesmo da
publicação da decisão judicial
autorizando o extra.
Relógio. José Janene (PR)
vai recorrer ao STF contra a
decisão do Conselho de Ética,
que aprovou seu pedido de
cassação. A estratégia do ex-líder do PP, como sempre, é
ganhar tempo: quer ser julgado depois do recesso, quando
a Câmara estará vazia.
Também quero. Roberto
Requião (PMDB) impugnou a
privatização da Companhia
de Transmissão de Energia
Elétrica Paulista, prevista para o fim do mês. O governador
paranaense apontou irregularidades no edital, que impedia
outras estatais da área de participar do leilão de ações.
Recado. Ato contínuo, Requião enviou um fax ao governador Cláudio Lembo (PFL)
pedindo para que a Copel
(Companhia Paranaense de
Energia) seja incluída na disputa pelas ações da Cteep.
Padrinho. Waldir Brandão,
superintendente do Departamento Nacional de Produção
Mineral paranaense preso pela Polícia Federal sob acusação de coordenar esquema de
exploração ilegal de minérios,
foi indicado pelo deputado
Max Rosenmann, da ala oposicionista do PMDB.
Tiroteio
José Jorge mostra desrespeito, despreparo e
desespero. O "ministro do apagão" deveria
comparar o Brasil de hoje, que tem energia para
crescer, com o que eles deixaram.
Do líder do PT na Câmara, HENRIQUE FONTANA (RS), em resposta ao
senador pefelista, candidato a vice de Geraldo Alckmin, para quem o
presidente Lula "só viaja e bebe muito".
Contraponto
Colírio neles
O PSOL reuniu deputados e sua presidenciável, Heloísa Helena, para assistir à
estréia do Brasil na Copa em sua sede, em
Brasília. Regada a cachorro-quente e refrigerante, a festa ganhou ares patrióticos na execução do Hino Nacional. Alguns choraram ao cantar, o que chamou
a atenção de crianças presentes. Coube a
Chico Alencar (RJ) quebrar o clima:
-Menos, pessoal! Essas lágrimas, exageradas para um primeiro jogo, foram provocadas pelas cebolas que cortamos
para o molho do cachorro-quente!
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