|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ELEIÇÕES
TSE nega 5 pedidos do governo para manter publicidade oficial
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral),
Marco Aurélio Mello, negou
ontem cinco pedidos do governo de autorização para
manter campanhas publicitárias oficiais nos três meses
que antecedem as eleições,
porque não as considerou
necessárias e urgentes.
Ao negá-los, o ministro advertiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem citá-lo
diretamente, sobre o risco de
cassação de candidatura ou
mandato por abuso de poder.
Marco Aurélio afirmou
que a Justiça Eleitoral só pode autorizar a veiculação de
publicidade institucional no
período eleitoral se houver
"grave e urgente necessidade
pública". Segundo ele, seria o
caso de "uma epidemia avassaladora, como a gripe aviária que se anuncia, uma catástrofe iminente ou um fenômeno devastador que se
pode evitar com atitudes eficazes e imediatas".
O governo queria usar a logomarca do programa de assistência odontológica "Brasil Sorridente", distribuir a
cartilha educativa "Feijão e
Arroz -o Par Perfeito do
Brasil" para alunos de escolas públicas, divulgar cartazes do prêmio Professores
Brasil, veicular campanha de
combate a queimadas em linhas de transmissão e subestação de energia e distribuir
material do Projeto Rondon.
No caso da cartilha que estimula o consumo de arroz e
feijão, apontou um agravante: o material contém o nome
de Lula, o que revelaria desprezo ao princípio constitucional da impessoalidade na
publicidade oficial.
Em suas decisões, o ministro afirmou que a reeleição é
"um instituto estranho à tradição republicana brasileira"
e que o político que concorre
ao mesmo cargo "já dispõe de
maior valia".
Texto Anterior: Operação entre BMG e Caixa foi legal, diz TCU Próximo Texto: Investigação: STF autoriza inquérito contra relator da CPI do Banestado Índice
|