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São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2003

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PAINEL

Freguesias diferentes
José Dirceu e Antonio Palocci batem cabeça na reforma tributária. O chefe da articulação política gostaria que seu colega da Fazenda fosse mais sensível às reclamações dos governadores por maior participação dos Estados no bolo das receitas.

Sob pressão
Em recente reunião no Palácio do Planalto, Antonio Palocci (Fazenda) desabafou: a receita cai a cada reunião com governadores de que ele participa.

Se correr o bicho pega...
Em jantar com José Sarney na casa de Fernando Bezerra (PTB-RN), líderes do Senado concluíram que não terão muitas mudanças a fazer na reforma da Previdência. Mas, como representantes dos Estados, vão mexer fundo na tributária.

Começar de novo
Lula volta de viagem disposto a retomar o controle da negociação da reforma da Previdência. Começará por onde deveria ter terminado: administrando as concessões. O presidente tentará fazê-las a conta-gotas.

Previsão sombria
Ao tratar da queda da arrecadação de SP com secretários, Geraldo Alckmin (PSDB-SP) disse que, em razão da política econômica de Lula, há dois cenários possíveis para os próximos meses: o provável e o pessimista. "O problema é que o provável é o pessimista", disse.

Pensou em voz alta
Ao admitir a intervenção na Varig, Carlos Wilson (Infraero) verbalizou o que José Dirceu (Casa Civil) e José Viegas (Defesa) pensam e não podem dizer.

Mapa do tesouro
À espreita de cargos, o PMDB mapeou áreas do governo com recursos consideráveis. Na lista, a Infraero, com orçamento de R$ 1,8 bi para este ano, e o Ministério da Ciência e Tecnologia, cujos fundos dispõem de mais de R$ 1 bi. Contingenciados.

Marketing olímpico
A cúpula nacional do PFL estimula o iatista Lars Grael, secretário de Esportes de Geraldo Alckmin (SP), a disputar a Prefeitura de São Paulo em 2004.

Disputa interna
Romeu Tuma também está de olho na sucessão de Marta. Avisou ao PFL que está no páreo. O diretório de SP da sigla, porém, prefere apoiar o candidato de Alckmin, desde que tenha chances reais de derrotar a petista.

Às compras
Agradou aos fabricantes de radares a decisão do Conselho Nacional de Trânsito de liberar o uso dos medidores de velocidade sem a presença de autoridade. Detalhe: os atuais radares da Polícia Rodoviária Federal são do tipo pistola, operados obrigatoriamente por agentes.

Diferença conceitual
Técnicos de trânsito reclamam do fim da obrigatoriedade de placas de alerta sobre radares. Observam que o foco da medida é a arrecadação de multas, e não a prevenção de acidentes.

De onde menos se espera
Anistiados políticos que reivindicam o pagamento de indenizações vão se reunir com José Dirceu (Casa Civil) na sexta-feira. Aceitam o teto de R$ 1 milhão, mas a maioria não concorda com o desconto de 60% proposto pelo governo petista.

Visitas à Folha
Walter Cirillo, presidente da Rhodia América Latina, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Eduardo Octaviano, diretor de comunicação corporativa da empresa, e de Roberto Custódio, diretor-executivo da Press Express Comunicação.
 
Demétrio Augusto Zacharias, presidente da Angás (Associação Nacional dos Distribuidores de Gás Liqüefeito de Petróleo), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Jarbas Andrade Machioni, consultor jurídico, e de José Aparecido Miguel, diretor da Mais Comunicação.

TIROTEIO

De Walter Feldman (PSDB-SP), sobre a reforma tributária:
-Na verdade, trata-se de uma reforma de tributos. O projeto não mexe com a estrutura. Não desonera a produção nem reduz a carga. Não é a reforma do espetáculo do crescimento.

CONTRAPONTO

Público e privado

Os ministros Waldir Pires (Controle da Transparência) e Cristovam Buarque (Educação) reuniram-se com assessores ontem para discutir projetos conjuntos das duas pastas.
Durante o almoço, depois que alguém fez comentários sobre as negociações em curso para as eleições de 2004, um assessor lembrou-se de uma conversa antiga com um taxista do interior do Piauí.
Certa vez, contou o assessor, em viagem ao município de Bom Jesus, no vale do rio Gurguéia, o taxista que o conduzia disse que o prefeito da cidade, eleito depois de uma disputa muito acirrada, estava se revelando um ótimo político:
-Em seis meses, já fez dez obras na nossa cidade.
O assessor surpreendeu-se:
-Nossa! O que ele já fez em tão pouco tempo?
-Já inaugurou dez quebra-molas e a casa dele...


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