São Paulo, sexta, 17 de julho de 1998

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Investimentos devem atingir US$ 90 mi

da Reportagem Local

A Enron deverá investir na Elektro entre US$ 70 milhões e US$ 90 milhões anuais nos próximos cinco anos, afirmou ontem o gerente para a América Latina da empresa, Diomedes Christodoulou.
Segundo ele, não deverá haver demissões ou reestruturação administrativa na Elektro. "Consideramos a empresa bastante enxuta e uma das mais eficientes do Brasil", disse.
A Enron está há cinco anos no Brasil e atuava apenas no mercado de gás. Além da compra da Elektro, a empresa possui investimentos de US$ 700 milhões no país.
Christodoulou não quis revelar quais os futuros investimentos que a companhia pretende fazer no país. Mas disse que há projetos para construção de termelétricas em São Paulo e interesse na privatização da Comgás.
"Estamos aqui para uma presença de longo prazo e vamos continuar avaliando negócios", observou Christodoulou.
Segundo ele, "o Brasil constitui hoje um dos mais importantes mercados para a Enron".
Distribuidoras de gás
A empresa norte-americana possuiu 45% do capital das distribuidoras de gás da capital e do Estado do Rio de Janeiro.
Também é dona da Gasparte, holding que participa de 7 empresas de distribuição de gás, das quais 5 atuam em Estados do Nordeste e 2 no Sul.
A Enron é ainda responsável pela construção da primeira empresa termelétrica de gás natural do Brasil, localizada em Cuiabá (MT).
Outro projeto em que a empresa está envolvida é a construção do gasoduto Brasil-Bolívia, que prevê investimentos totais de US$ 400 milhões do lado boliviano e US$ 1,5 bilhão do lado brasileiro. A Enron participa de 29% do projeto na Bolívia e de 7% no Brasil.
Financiamento
Christodoulou disse que a Enron buscará financiamento junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a compra da Elektro.
A Enron vai pagar a empresa com recursos próprios, no dia 23 de julho, mas depois pretende compensar o gasto com empréstimos. O BNDES pode financiar até 50% do valor da compra. (CT)


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