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Covas diz que não influenciou reforma
da Reportagem Local
O governador de São Paulo,
Mário Covas, não quis fazer comentários sobre a reforma ministerial realizada por FHC.
"O presidente faz o que quer fazer, como é lógico num regime
presidencialista. Eu não tive influência em nenhum nome. Estou
dizendo isso, mas vocês não vão
acreditar", disse Covas.
O governador evitou falar sobre
a parte que coube ao PSDB no novo ministério. "Não é pelo número de ministros que o PSDB fica
ou não fortalecido. Isso depende
de o presidente estar mais fortalecido ou menos. Se o presidente estiver mais fortalecido, o PSDB estará também", afirmou.
Para o líder do governo no Congresso, deputado Arthur Virgílio
(PSDB-AM), a reforma foi um
choque de motivação" nos ministros e consolida a autoridade do
presidente FHC.
"O presidente agiu, como num
regime parlamentarista, ouvindo
todos os partidos. Mas, como deve ser num regime presidencialista, escolheu quem queria", disse.
O líder do governo afirmou que
as mudanças facilitarão os entendimentos na base parlamentar:
"Todos ganharemos com um governo exitoso. Todos perderemos
com um governo em queda".
Segundo o líder do governo na
Câmara, Arnaldo Madeira
(PSDB-SP), a preocupação de
FHC não foi com o fortalecimento dos partidos, mas com a eficiência do governo.
O presidente da Câmara dos
Deputados, deputado Michel Temer (PMDB-SP), não quis comentar as mudanças.
Segundo ele, o PMDB ainda vai
avaliar como ficarão "as relações
políticas com o governo".
Na verdade, o espaço institucional do PMDB ficou o mesmo.
Quanto às relações políticas, devo
dizer que vou aguardar a reunião
do partido com seu presidente e
com sua executiva", afirmou.
Temer não quis emitir opinião
sobre se o governo ficaria ou não
mais fortalecido. Apenas disse esperar que as coisas melhorem.
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo), Horácio Lafer Piva,
disse esperar que, com a reforma,
FHC possa começar, de fato, seu
segundo mandato.
"Nós, como empresários, temos
de torcer para que efetivamente o
segundo mandato do presidente
Fernando Henrique comece agora da forma positiva, como ele
anunciou, com preocupações
com o crescimento e com o emprego", afirmou.
"Precisamos lutar para que o
crescimento aconteça nas taxas
que são fundamentais: 4% ou 5%
do PIB", disse Piva.
Oposição não vê mudança
Para o PT, a reforma foi uma
mera "dança de cadeiras".
"Foi uma reforma para resolver
a crise interna do PSDB. Não muda nada, porque o presidente não
mexeu na equipe econômica. A
política econômica permanecerá
a mesma, ou seja, juros altos, cortes na área social. O governo está
sem legitimidade e sem autoridade", disse o presidente nacional
do PT, José Dirceu.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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