São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2004

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SOMBRA NO PLANALTO

Relatório preliminar quer ainda detenção de Carlinhos Cachoeira

CPI do Rio pede prisão de Waldomiro

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

O relatório preliminar da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembléia Legislativa do Estado do Rio que investigou irregularidades na Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro) recomenda ao Ministério Público Estadual que peça à Justiça a prisão temporária de Waldomiro Diniz e do empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Ex-assessor da Casa Civil no governo Lula e presidente da Loterj de fevereiro de 2001 a dezembro de 2002, Waldomiro é acusado de sete crimes pelos relatores, deputados Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) e Paulo Mello (PMDB): formação de quadrilha, improbidade administrativa, fraude na Lei de Licitações, sonegação fiscal, prevaricação, condescendência criminosa e corrupção passiva.
Cachoeira é acusado de cinco crimes: extorsão, corrupção ativa, formação de quadrilha, fraude em concorrência pública e fraude na Lei de Licitações.
Na próxima quinta-feira, os nove membros da CPI se reúnem para discuti-lo. Após o consenso na CPI, o relatório vai à apreciação do plenário da Assembléia, em data ainda a ser definida.
O relatório preliminar pede o indiciamento de mais oito pessoas: seis funcionários e ex-funcionários da Loterj, o empresário Sérgio Canozzi (acusado de corrupção ativa) e o jornalista Mino Pedrosa (acusado de extorsão).
Luiz Guilherme Vieira, advogado de Waldomiro, disse ontem que a CPI não tem a atribuição de apurar a prática de crimes. O advogado de Carlinhos Cachoeira, Raimundo Barbosa, disse que o relatório da CPI é "parcial".
A Folha não havia conseguido ouvir o jornalista Mino Pedrosa nem o empresário Sérgio Canozzi até a conclusão desta edição.


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